Política

Autointitulado 'pai do Auxílio Brasil', João Roma tem votação polêmica em PEC que tenta garantir o programa em 2023

Foto: Julio Dutra/Divulgação
João Roma voltou para a Câmara dos Deputados após derrota nas eleições para o Governo da Bahia  |   Bnews - Divulgação Foto: Julio Dutra/Divulgação

Publicado em 21/12/2022, às 07h36   Vinícius Dias


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Autointitulado pai do Auxílio Brasil, o ex-ministro da Cidadania, João Roma (PL), pareceu 'abandonar' o próprio filho. Na última terça-feira (20), o deputado federal em fim de mandato foi um dos quatro baianos que votaram contra a PEC que retira o programa social do teto de gastos e permite o pagamento de R$600 a seus beneficiários em 2023.

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro, Roma voltou para a Câmara dos Deputados após a derrota na eleição para o Governo da Bahia. Ele foi o terceiro mais votado no primeiro turno, com cerca de 9 milhões de votos, e apoiou ACM Neto (União Brasil), no segundo turno. Jerônimo Rodrigues (PT) foi quem saiu vencedor e faturou o Palácio de Ondina em mandato que vai até 2026.

João Roma foi Relator da MP do Auxílio Brasil, que tramitou até o último mês de abril. Na ocasião, o projeto foi aprovado por 418 votos a sete.

Com 331 votos a favor e 168 contra, a PEC da Transição foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados. A proposta, que visa aumentar o teto de gastos em R$ 168 bilhões no próximo ano, foi votada nesta terça-feira (20).

Inicialmente aprovada em dois turnos no Senado, com duração de dois anos, a PEC sofreu resistência por parte dos deputados de oposição a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que conseguiram modificar o texto e reduzir o tempo de duração da PEC para um ano. A proposta ainda precisa passar por votação em segundo turno, programada para esta quarta-feira (21).

Desta forma, o governo estará obrigado a negociar novamente com os partidos no ano subsequente. O Governo de Transição determinou que o Auxílio Brasil voltará a se chamar Bolsa Família a partir da posse de Lula.

Além de João Roma, os baianos que votaram contra a proposta foram Marcelo Nilo, Márcio Marinho e Alex Santana, trio do partido Republicanos.

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