Política

BNews ESG: Queimadas em território Yanomami caem 62% no primeiro bimestre de 2023

Leonardo Prado/PG/FotosPúblicas/2015
Operação que expulsa garimpeiros da região é um dos fatores que pode explicar queda na área queimada  |   Bnews - Divulgação Leonardo Prado/PG/FotosPúblicas/2015

Publicado em 15/03/2023, às 15h55   Natane Ramos


FacebookTwitterWhatsApp

A área queimada em território indígena Yanomami teve queda de 62% em janeiro e fevereiro deste ano, em comparação com o primeiro bimestre do ano passado. O registro foi realizado pelo Monitor do Fogo, e especialistas informam que a queda está envolvida com as operações de expulsão de garimpeiros e invasores da terra indígena.

De acordo com Ane Alencar, diretora de Ciência no IPAM e coordenadora do MapBiomas Fogo, a participação do Estado foi fundamental para a queda dessas queimadas. “Normalmente, janeiro e fevereiro são meses de muita chuva no Brasil. Mas, existe um lugar onde a chuva chega mais tarde e esse lugar é Roraima. Segundo o Monitor do Fogo, apesar de o estado ter sido o que mais queimou a Amazônia no período este ano, houve uma redução que foi ainda maior na terra indígena Yanomami. É possível avaliar essa mudança como uma consequência do reaparecimento do Estado na região e de uma governança que foi reinaugurada para o cumprimento da lei”, informou Ane Alencar.

Segundo dados divulgados pelo Monitor do Fogo, a Amazônia foi o bioma mais queimado no Brasil nos dois primeiros meses do ano, e que os estados de Roraima, Mato Grosso e Pará foram os mais atingidos pelo desastre. Mesmo estando entre os estados mais atingidos, Roraima registrou uma queda de 44% de fogo, em comparação com o ano passado.

A ministra das terras indígenas, Sonia Guajajara, afirmou que essa diminuição nas queimadas deve-se, principalmente, à atitude dos governantes atuais para com o território. “A redução dos focos de queimadas na Terra Indígena Yanomami é a comprovação de que a presença do governo federal é fundamental para a proteção dos territórios indígenas. Somente a atuação firme do Estado pode garantir a proteção e segurança dos povos e seus territórios e, a partir da fiscalização e devida punição aos criminosos ambientais, assegurar também a preservação de nossas florestas”, relatou a ministra.

O território Yanomami foi uma das maiores áreas sob invasão do garimpo na Amazônia. A área queimada no bioma Amazônia em 2023, representa quatro vezes a capital paraense, Belém, sendo 90% de tudo que queimou do país. O Brasil teve uma queda significativa na área queimada entre os anos de 2022 e 2023.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp