Política

Bolsonaro diz que colegas servidores são "problema" para dar maior reajuste a policiais

Clauber Cléber Caetano/PR
Presidente Bolsonaro criticou campanha salarial de outras categorias do funcionalismo  |   Bnews - Divulgação Clauber Cléber Caetano/PR

Publicado em 30/05/2022, às 15h18   Redação


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Nesta segunda-feira (29), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que os outros servidores do funcionalismo seriam "o grande problema" para que o governo federal não conceda um reajuste, aos policiais federais, acima do esperado para a média da categoria.

De acordo com o liberal, o grupo que também vem cobrando aumentos não "admite" a reestruturação dos policiais "sem dar um aumento abusivo para o outro lado", conforme o jornal o Globo.

"E digo a vocês publicamente, PRF (servidores da Polícia Rodoviária Federal): o grande problema não é o nosso lado, são colegas, outros servidores, que não admitem reestruturar vocês sem dar aumento até abusivos pro outro lado", afirmou o chefe do Executivo federal.

"Escravos da lei"

Em meio a essas negociações, Bolsonaro pretendia dar um aumento específico para a Polícia Federal e para o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), mas citando dificuldade de negociação com outros setores.

Ele chegou a afirmar, na semana passada, que "tendência" era dar um reajuste de 5% para todos os servidores. Hoje, pontuou que que não pode dar um aumento "para quem quer que seja" sem exigir uma "dotação orçamentária para tal" e que não ia "incorrer em crime de responsabilidade"

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"Pessoal da PRF, somos o primeiro governo que tem teto de gasto. Eu não posso dar um aumento para a PRF, para a PF, pra Receita, pra quem quer que seja, sem exigir uma dotação orçamentária para tal", disse ele.

"Nós somos escravos da lei, não vamos buscar alternativas, subterfúgios, e incorrer em crime de responsabilidade para atender quem quer que seja", completou Jair Bolsonaro.

Corte no orçamento

Na última sexta-feira (27), a publicação carioca mostrou que o governo vai cortar cerca de R$ 14 bilhões no Orçamento a fim de abrir espaço para o reajuste salarial dos servidores públicos e acomodar o aumento de despesas obrigatórias.

A ideia inicial era atender apenas o aumento dos gastos obrigatórios, como o plano safra e pagamento de precatórios.

Mas o governo decidiu aumentar o bloqueio de uma vez e já incluir o valor necessário para conceder um reajuste de 5% a todos os servidores, o que deve exigir espaço no orçamento de R$ 6,3 bilhões.

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