Política

VÍDEO: Bolsonaro quebra o silêncio sobre suspeita de adulteração do cartão de vacinação

Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ex-presidente teria falsificado o documento para poder entrar nos EUA  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 03/05/2023, às 10h47


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Jair Bolsonaro comentou na manhã desta quarta-feira (3) sobre a suspeita de que ele tenha adulterado o seu cartão de vacinação. O ex-presidente é um dos alvos da Operação Venire, que investiga uma suposta inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

“Não existe adulteração da minha parte. Não tomei a vacina. Ponto final”, disse Bolsonaro na porta de sua casa, em um condomínio em Brasília.

De acordo com o ex-presidente, a sua esposa, Michelle, que também teria sido beneficiada pelo suposto crime, se vacinou em 2021 durante viagem aos Estados Unidos. Já a sua filha mais nova, Laura, que também é alvo de suspeitas, ainda não se imunizou.

“Ela (Michelle) tomou a vacina nos EUA, da Janssen. E outra minha filha, que eu respondo por ela, a Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também. Tenho laudo médico no tocante a isso. Fico surpreso com a busca e apreensão por esse motivo”, disse Bolsonaro.

Segundo a PF, há indícios de que o ex-presidente teria falsificado o certificado de vacinação para poder entrar nos Estados Unidos. Além de Bolsonaro, seus familiares, assessores e parentes desses auxiliares também teriam sido beneficiados pelo esquema.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsoanro usou as suas redes sociais para afirmar que não sabe o que motivou a operação. Ela disse ainda não teve o seu celular apreendido e garantiu ser a única da família a se imunizar.

"Hoje a PF fez uma busca e apreensao na nossa casa, não sabemos o motivo e nem o nosso advogado não teve acesso aos autos. Apenas o celular do meu marido foi apreendido. Ficamos sabendo, pela imprensa, que o motivoseria ‘falsificação de cartão de vacina’ do meu marido e de nossa filha Laura. Na minha casa, apenas EU fui vacinada", escreveu Michelle, nos stories de seu perfil no Instagram.

Além da busca e apreensão na casa do ex-presidente, a PF prendeu o seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, além de outros dois nomes ligados a Bolsonaro.

A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Bolsonaro foi intimado para prestar depoimento ainda nesta quarta-feira. Ao deixar sua casa, porém, disse que se dirigia à sede do partido.

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