Política

Bolsonaro rejeita conselho de Temer para revogação do perdão a Daniel Silveira

Pedro Rafael Vilela/ Agência Brasil
Ex-presidente sugeriu que Bolsonaro esperasse o fim do julgamento do deputado para tomar alguma medida  |   Bnews - Divulgação Pedro Rafael Vilela/ Agência Brasil

Publicado em 22/04/2022, às 19h39   Redação BNews


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O presidente Jair Bolsonaro (PL) rejeitou a sugestão feita pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) para que ele revogue o perdão concedio ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). Em nota, o ex-presidente sugeriu que Bolsonaro esperasse o fim do julgamento para tomar alguma medida, com intuito de evitar “crise institucional entre os poderes”.

Daniel Silveira foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos e 9 meses de prisão, por ter feito uma série de ameaças contra ministros da Corte em vídeos publicados nas redes sociais.

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Esta não foi a primeira vez que Michel Temer se manifestou publicamente no sentido de apaziguar conflitos de Bolsonaro com o STF, especialmente com o ministro Alexandre de Moares, cuja indicação à Corte foi feita por ele enquante esteve na Presidência entre 2016 e 2018, após o impeachment da presidente Dilma Roussef (PT). 

No ano passado, Temer admitiu que escreveu a nota que Bolsonaro divulgou à nação, após o ato de 7 de setembro, em que ele havia elevado o tom nas declarações sobre Moraes e o STF. "Estou ajudando a pacificar o país, o tom da nota é de harmonia entre os poderes. Não fiz mais que minha obrigação", disse Temer à época.

Confira a nota de Temer na íntegra: 

Como a decisão do STF sobre o processo contra o deputado Daniel Silveira ainda não transitou em julgado, o ideal, para evitar uma crise institucional entre os poderes, é que o Presidente da República revogue por ora o decreto e aguarde a conclusão do julgamento. Somente depois disso, o Presidente poderá, de acordo com a Constituição Federal, eventualmente, utilizar-se do instrumento da graça ou do indulto. Este ato poderá pacificar as relações institucionais e estabelecer um ambiente de tranquilidade na nossa sociedade. Nesse entre-tempo poderá haver diálogo entre os Poderes. O momento pede cautela, diálogo e espírito público.

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