Política
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que deve retornar ao Brasil na próxima quinta-feira (30), tentou usar a sua viagem para Estados Unidos para travar uma ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pode torna-lo inelegível. As informações são de Malu Gaspar, em sua coluna no jornal O Globo.
De acordo com a publicação, a defesa do ex-presidente tentou evitar que ele fosse convocado para prestar esclarecimentos na ação movida pela campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que o acusa de abuso de poder político, por ter recebido cantores sertanejos e governadores no Palácio do Planalto e no Alvorada para encontros em tom eleitoral.
A ação foi aberta no final de outubro. O TSE tentou notificar Bolsonaro sobre o processo, mas ele já tinha deixado o Brasil. Com isso, a ação não pode prosseguir.
Então, o relator do caso, Benedito Gonçalves, decidiu enviar a notificação para o endereço pessoal de Bolsonaro, no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro. Como o porteiro recebeu a papelada, Gonçalves considerou o ex-presidente notificado. A medida é contestada pelos advogados.
O processo sobre os eventos realizados por Bolsonaro é um dos 16 que ele responde que pedem sua inelegibilidade. Na oportunidade, o então candidato à reeleição recebeu o apoio público dos governadores reeleitos de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Rio, Cláudio Castro (PL). Além disso, cantores sertanejos, como Gusttavo Lima, Leonardo, Zezé Di Camargo e Marrone também estiveram no palácio para declarar apoio a ele.
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