Centrais sindicais declaram apoio a irmão de Lula ligado a sindicato investigado em esquema do INSS

Ao menos seis centrais sindicais divulgaram uma carta nesta segunda-feira (28) em apoio a Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), investigado pela Polícia Federal (PF) por supostas fraudes em descontos de benefícios previdenciários. A informação é da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.

A carta é assinada por representantes do Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

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Na carta, os sindicatos se dizem "estarrecidos" com as notícias sobre a "roubalheira que atinge aposentados e pensionistas" e pelas "distorções que permeiam o noticiário, que, de forma maliciosa, tenta relacionar entidades e pessoas alheias ao caso, com o objetivo de promover ataques políticos e antissindicais."

Os sindicatos afirmam ainda que o caso está sendo desvirtuado e usado para atacar os trabalhadores e o governo Lula. Além disso, as centrais alegam que a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e o Sindnapi estão sendo injustamente atacados.

"Manifestamos, também, nosso apoio e defesa ao metalúrgico aposentado José Ferreira da Silva, o Frei Chico, que, por meio de manipulações e desinformação típicas da extrema direita, tornou-se indevidamente alvo desse noticiário tendencioso", diz trecho da carta.

"Frei Chico está em evidência apenas por seu parentesco com o presidente Lula. Trata-se de pura politicagem eleitoral, que engana muita gente de boa fé."

"Ao desviar o foco das investigações para sua figura, a narrativa em torno das fraudes no INSS torna-se um discurso contra o governo e contra o sindicalismo", completam, dizendo que é preciso investigar "as quadrilhas formadas nos governos [Michel] Temer e [Jair] Bolsonaro".

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