Política

Como a política armamentista de Bolsonaro travou redução da violência no Brasil

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Relatório revela que políticas armamentistas não reduziram homicídios no Brasil entre 2019 e 2022, segundo o Atlas da Violência.  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Arquivo

Publicado em 19/05/2025, às 05h00   Héber Araújo



O Atlas da Violência, divulgado na última segunda-feira (12), revelou que a taxa de violência armada ficou estagnada durante o governo de Jair Bolsonaro. Segundo o documento, um dos fatores entre 2019 e 2022 foi a política armamentista do ex-presidente. Durante a gestão de Bolsonaro, a taxa ficou entre 20 homicídios a cada 100 mil habitantes.

Queda iniciada antes de Bolsonaro perdeu força

De acordo com os dados, nos anos 2000, houve uma explosão no número de violência armada no país, impulsionado pela expansão das organizações criminosas. A onda de violência chegou em seu ápice entre os anos de 2016 e 2017.

Entretanto, a partir de 2018, a violência no Brasil caiu, chegando ao menor índice em 2019 - quando passou a se manter estável até 2022, período em que Bolsonaro se manteve no poder e implementou suas políticas sobre armas.

Violência armada estagnou durante governo Bolsonaro. (Foto: Divulgação)

Políticas armamentistas travaram avanços, diz Atlas

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), de 2023, afirmam que tais políticas influenciaram negativamente. O FBSP declarou que a expectativa era que os números continuassem a cair a partir de 2018 e não que estagnassem, como ocorrido em 2019. O relatório do fórum, apresentado no Atlas, afirma que os dados apontaram que, entre 2019 e 2021, quase 7 mil vidas poderiam ter sido poupadas.

 “Os autores estimaram que o aumento de 1,0% na difusão de armas de fogo gera aumento nas taxas de homicídios e de latrocínios de 1,2%”, apontou um trecho do relatório.

Para o Atlas da Violência, o governo Bolsonaro, assim como suas políticas armamentistas, não contribuiu para a redução da violência.

Dessa forma “não houve qualquer sinal de melhoria na conjuntura da segurança pública no Brasil no período Bolsonaro. A tendência de queda das Mortes Violentas Intencionais se exauriu, no rastro de uma legislação armamentista negacionista. Não houve qualquer avanço institucional para a implantação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP)”, completou o documento.

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