Coronavírus

Secretário descarta risco de desabastecimento na Bahia; 32 mil caminhoneiros circulam no estado

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"É importante garantir a estrutura para que a cadeia nossa de caminhões continue funcionando", diz Marcus Cavalcanti  |   Bnews - Divulgação BNews/Vagner Souza

Publicado em 23/03/2020, às 18h45   Henrique Brinco


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O titular da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), Marcus Cavalcanti, negou ao BNews que haja risco de desabastecimento na Bahia diante dos riscos que a circulação em rodovias se impõem durante a pandemia do coronavírus. Aproximadamente 32 mil caminhoneiros circulam nas estradas do estado, diariamente.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória que garante ao Governo Federal a competência sobre a circulação interestadual. "Estamos permanentemente, desde sexta a noite, em diálogo com o ministro Tarcísio Freitas, da Infraestrutura", ressalta, em entrevista exclusiva.

"É importante garantir a estrutura para que a cadeia nossa de caminhões continue funcionando. Temos que permitir que os alimentos, insumos hospitalares e combustíveis. Temos que fazer com que essa categoria possa trabalhar com tranquilidade", declara.

Cavalcanti informa que também trabalha para garantir que os postos de gasolina e restaurantes nas beiras das estradas não fechem. "É preciso que o fluxo continue normal mesmo nesse momento de crise que estamos vivendo", destaca.

Ele também ressalta os esforços para que os caminhoneiros não sejam discriminados ou até mesmo agredidos. "Tivemos casos [de agressão] na Europa. Em Londres, que é uma das cidades mais atingas, tiveram casos de discriminação contra pessoas que eram de países que estavam com casos mais avançados".

O gestor afirma que vê uma colaboração grande da população. "Claro que algumas pessoas se precipitaram. É normal. Em países que têm furacão, todas as pessoas vão ao supermercado [ao mesmo tempo e esvaziam as prateleiras]. Mas estou vendo uma colaboração grande da população. Se nos próximos 10 dias reduzirmos drasticamente a circulação, podemos ter uma curva [de transmissão do coronavírus] mais suavizada".

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