Coronavírus
Publicado em 10/11/2020, às 14h12 Redação BNews
Deputados de oposição ao governo Jair Bolsonaro criticaram a suspensão de testes em humanos da Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o instituto Butantan. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) classificou a suspensão dos estudos clínicos da Coronavac como "mais uma que Jair Bolsonaro ganha".
O deputado José Guimarães (PT-CE), líder da Minoria da Câmara dos Deputados, protocolou nesta terça-feira (10) um requerimento de informações ao ministério da Saúde para justificar a interrupção de testes.
"Há uma clara politização em jogo. Enquanto Bolsonaro se esforça para comprovar sua tese frustrada de ineficácia da Coronavac, o povo continua se contaminando e morrendo. O governo brasileiro age como se a vida das pessoas fosse objeto de disputa eleitoral", afirmou.
A deputada federal baiana Alice Portugal (PCdoB) classificou o presidente como um "ser desprezível, baixo, ignorante, inescrupuloso e desqualificado". "Enquanto muitos ainda morrem, o presidente segue com sua guerra contra a vacina e com os ataques ao governador de SP, João Doria. Bolsonaro é mercador da morte!", escreveu.
O psolista Marcelo Freixo criticou a atitude do presidente em comemorar a suspensão dos testes da vacina. "Já são mais de 162 mil mortes por Covid no país. Quem comemora a suspensão de estudos de uma vacina no meio de uma pandemia? Em que lugar do mundo isso é ganhar?", questionou Freixo.
Suspensão dos testes
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta segunda-feira (9), a suspensão dos testes em humanos da vacina chinesa Coronavac. De acordo com a Anvisa, "um evento adverso grave" causou a interrupção dos testes em humanos da vacina.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (10) que a suspensão pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) dos estudos clínicos da Coronavac no Brasil é "mais uma que Jair Bolsonaro ganha".
Os comentários do presidente foram feitos no Facebook, em resposta a um seguidor que lhe perguntou se o imunizante contra a Covid-19 em desenvolvimento por uma farmacêutica chinesa e pelo Instituto Butantan seria comprada pelo governo federal. "Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o [governador João] Doria queria obrigar todos os paulistanos a tomá-la", escreveu o presidente como resposta.
O próprio diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou à TV Cultura que o caso nada tinha a ver com a Coronavac e que, por isso, se surpreendeu com a decisão da agência. "A Anvisa foi notificada de um óbito, não de um efeito adverso", afirmou Covas.
O Jornal da Tarde, da TV Cultura, revelou que a morte do voluntário não teve relação com os testes do imunizante. De acordo com o jornal, o laudo médico do Instituto Médico Legal (IML) indicou um possível suicídio do voluntário. A expectativa é que o laudo seja divulgado às 17 horas.
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