Coronavírus

App do Ministério da Saúde que recomendava "tratamento precoce" foi sugerido por "Capitã Cloroquina", diz Pazuello

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Informação foi divulgada pelo ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello na tarde desta quarta-feira (19) durante sua oitiva na CPI da Pandemia  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Youtube

Publicado em 19/05/2021, às 14h33   Redação BNews


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O aplicativo do Ministério da Saúde "TrateCov", que recomendava "tratamento precoce" a pacientes com ou sem sintomas da Covid-19, foi desenvolvido após sugestão da secretária de gestão do trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Mayra Pinheiro - conhecida como "Capitão Cloroquina".

A informação foi divulgada pelo ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello na tarde desta quarta-feira (19) durante sua oitiva na CPI da Pandemia. "Foi a secretária Mayra. Ela me trouxe como sugestão", disse. Vale salientar que não existe tratamento precoce contra a doença provocada pelo Sars-Cov-2.

Pazuello explicou que a plataforma funcionava como uma  espécie de calculadora usada para auxiliar no diagnóstico da doença provocada pelo Sars-Cov-2, mas garantiu que a ferramenta não foi posta no ar pela pasta. 

Segundo ele, um protótipo foi desenvolvido e apresentado, posteriormente tendo “sido copiado por um cidadão” e disponibilizado indevidamente. "Foi feito um boletim de ocorrência e tirado do ar quando notamos que poderia ser usado indevidamente", acrescentou o general da ativa.

Pinheiro tem depoimento marcado na CPI da Pandemia na próxima quinta-feira (20). A revelação provocou a indignação do presidente da comissão, Omar Aziz (PSD), parlamentar amazonense. 

Ele destacou que o aplicativo foi lançado em 11 de janeiro deste ano, durante solenidade em Manaus. Pazuello e o governador do Estado, Wilson Lima, participaram do evento. "Eles usaram Manaus como cobaia. Isso é crime contra um Estado", avaliou.

Na noite da última terça-feira (18), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, negou um habeas corpus solicitado pela defesa da "Capitão Cloroquina" para que ela pudesse ficar em silêncio durante depoimento à comissão.

Pazuello também foi questionado sobre a distribuição de cloroquina para comunidades indígenas. "A distribuição é normal para malária. Sou completamente contra a distribuição de qualquer medicamento, incluindo cloroquina, sem prescrição médica", concluiu. Posteriomente, a oitiva foi suspensa por 30 minutos.

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