Política

Defesa de Bolsonaro apresenta extratos bancários ao STF

Alan Santos / PR
Os advogados do ex-presidente pediram que os dados permaneçam em sigilo  |   Bnews - Divulgação Alan Santos / PR
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

[email protected]

Publicado em 25/08/2023, às 08h22


FacebookTwitterWhatsApp

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou na noite da última quinta-feira (24) os extratos bancários do período em que ele esteve à frente da Presidência.  Apesar da entrega, os advogados pediram sigilo dos dados.

A entrega aconteceu uma semana depois que o Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ter autorizado a quebra de sigilo bancário do ex-presidente e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Bolsonaro é investigado pelo suposto esquema de presentes entregues por delegações estrangeiras e que deveriam ser incorporados à União.

De acordo com o blog de Julia Duailibi, do G1, a defesa de Bolsonaro disse ainda que o ex-presidente apresentou os extratos de forma “espontânea”, para que não seja preciso “movimentar a máquina pública para apurar os dados bancários em questão”. Entre os dados presentes nos documentos estão as vendas de automóvel e jet-ski e ressarcimento de despesas com saúde.

"Em que pese a ausência de qualquer intimação que permitisse a confirmação de tal determinação, o peticionário comparece de forma espontânea aos presentes autos, para apresentar seus extratos bancários, do período em que atuou como Presidente da República, afastando a necessidade de se movimentar a máquina pública para apurar os dados bancários em questão", diz a petição assinada por Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser.

A defesa pede ainda que o sigilo seja decretado nos autos. "Considerando o teor dos documentos ora apresentados, requer a decretação do sigilo da presente petição e seus anexos. Não obstante, informa que está à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos acerca de sua movimentação bancária."

"Como é cediço, o peticionário é ex-presidente da República Federativa do Brasil, tendo exercido a mais alta função do Poder Executivo ― para a qual foi eleito em pleito popular ―, pelo quadriênio compreendido entre os anos de 2019 e 2022, período em que sempre se manteve fiel aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, pilares constitucionais que pavimentam a administração pública", acrescenta.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp