Política

Defesa de Torres quebra o silêncio sobre possível delação premiada

Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ex-ministro foi autorizado pelo STF a deixar a prisão na noite da última quinta (11)  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 12/05/2023, às 12h05


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Os advogados que atuam na defesa de Anderson Torres comentaram sobre a soltura do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro. Ele esteve preso desde o dia 14 de janeiro por suposta omissão nos atos golpistas promovidos por bolsonaristas radicais em Brasília.

Em entrevista, o advogado Eumar Novacki criticou os ataques antidemocráticos que ocorreram no dia 8 de janeiro, que classificou como "odiosos" e de "baderna". Ele ainda descartou a possibilidade de Torres fechar um acordo de delação premiada.

"Não existe essa possibilidade de delação. O que o Anderson vai fazer é cooperar para que se esclareça o mais breve possível os fatos que levaram àqueles odiosos atos de 8 de janeiro", disse Novacki.

O advogado ainda elogiou as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) para "frear" a escalada de violência contra as instituições. "Não podemos aceitar mais esse tipo de manifestação, que viola o estado democrático de direito, é inadmissível, causaram revolta aqueles atos de 8 de janeiro", afirmou.

Novacki ainda colocou Torres "à disposição" depois que a Polícia Federal não conseguir acessar dados do celular pela senha ser diferente. "Esse é um tema que está sob sigilo. Eu recebi um laudo da Polícia Federal explicando porque não tinham conseguido acessar as contas naquele momento, e nós respondemos também de modo sigiloso”, declarou.

“Nessa mesma resposta, nós nos colocamos à disposição para poder acelerar o acesso a essas informações, que [com] a disponibilidade de um perito indo até o ex-ministro Anderson Torres, a gente faça o acesso aberto a todos esses dados", concluiu.

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