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Delegado da PF que montou esquema milionário tem aposentadoria cassada; entenda

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Delegado da PF trabalhava para evitar que as investigações em curso chegassem aos empresários que pagavam propina  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Montagem/MPF

Publicado em 18/11/2024, às 11h47   Rebeca Silva



O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, cassou a aposentadoria do delegado da Polícia Federal (PF) Lorenzo Martins Pompílio da Hora, que foi detido por receber propina de empresários investigados.

Os pagamentos variavam entre R$ 400 mil e R$ 1,5 milhão, conforme as investigações do Ministério Público Federal (MPF).

Na denúncia contra Pompílio da Hora, o MPF afirmou que ele recebia uma "mesada" para interceder em favor dos acusados junto aos delegados responsáveis pelos inquéritos. O delegado foi preso em 2019, durante a Operação Tergiversação, que também prendeu o delegado Wallace Noble Santos Soares e os empresários Marcelo Freitas Lopes, Durival de Farias, Dulcinara de Farias e Victor Duque Estrada Zeitune.

O grupo atuava dentro da Superintendência da PF no Rio de Janeiro. Segundo o MPF, Pompílio da Hora trabalhava para impedir que as investigações atingissem os empresários que pagavam propina.

“Esses agentes ainda tinham a incumbência, em alguns casos, de atuar em favor dos empresários, intercedendo junto a delegados que presidissem outras investigações que pudessem alcançá-los, para evitar que fossem revelados os crimes praticados pelos empresários parceiros”, destacou o Ministério Público Federal.

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