Diante da denúncia dos moradores de Pernambués em relação às condições do Centro Social Urbano do bairro, o vereador licenciado de Salvador e atual secretário de Cultura e Turismo, Claudio Tinoco (DEM), isentou a prefeitura da responsabilidade do espaço. Em contato com o BNews na manhã deste domingo (21), o secretário, que foi um dos mais votados no bairro nas eleições de 2016, esclareceu que o local é de gestão do Governo do Estado.
"A nossa atuação em prol de uma melhor estrutura para o CSU de Pernambués é antiga. Há oito anos, cobramos melhor gestão por parte do Governo, que gerencia o espaço. Há algum tempo venho solicitando a municipalização desses equipamentos", disse ao destacar também os Centros dos bairro de Caixa D'Água e Castelo Branco.
Segundo o demista, apenas realizar manutenção não resolve o problema do espaço. "Eu não me iludo mais porque já venho pedindo isso (municipalização) há muito tempo. Roçar, capinar, pintar não é a solução. Não houve nenhum investimento, nenhum projeto para torná-lo um espaço de convivência da população de Pernambués e também dos bairros próximos, como Saramandaia e Cabula".
Tinoco aproveitou para comparar a degradação do local com a situação dos espaços geridos pela prefeitura. "A prefeitura tem três espaços lá, que é o posto de saúde, da saúde da família, a escola infantil, que foi reconstruída na gestão ACM Neto, e o conselho tutelar, que também foi reformado. Os demais espaços estão degradados, malmente utilizados, como as quadras, a arquibancada e a sede. Infelizmente estão em estado precário".
Em relação às declarações do secretário municipal de Trabalho, Esportes e Lazer, Geraldo Júnior, garantindo que o Centro seria avaliado para reforma nos próximos dias, Tinoco descreveu como "voluntarismo". "Creio que foi na base do voluntarismo, de querer resolver a situação e ajudar a população".
Para finalizar, o vereador voltou a apontar a municipalização como a solução para o Centro Social Urbano. "Temos feito nossa parte. Não sei se a questão é de oposição do Governo ou é incompetência. A solução é a municipalização. Não adianta medidas paliativas. Isso não vai solucionar. A área é extensa e pode ser melhor utilizada com um projeto de requalificação, que levará atividades e participação popular".
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