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Deputado bolsonarista é acusado de homofobia contra deputada trans na CPI do 8 de janeiro

Divulgação / Câmara dos Deputados
De acordo com o presidente da CPI, Arthur Maia, do União Brasil, o caso será investigado  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Câmara dos Deputados

Publicado em 11/07/2023, às 17h30   Cadastrado por Edvaldo Sales


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O deputado da oposição Abilio Brunini (PL-MT) está sendo acusado por parlamentares que integram a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro de transfobia contra a deputada Erika Hilton (PSol-SP), durante a sessão desta terça-feira (11).

A fala de Abílio foi observada pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE) e a situação gerou tumulto na oitiva do depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

O senhor Abílio foi homofóbico, fez uma fala homofóbica. Quando a companheira estava se manifestando, ele disse que ela estava ‘oferecendo serviços’. Isso é homofobia, é um desrespeito e peço à vossa excelência que peça para o deputado se retirar”, afirmou Rogério Carvalho. 

De acordo com o presidente da CPI, Arthur Maia, do União Brasil, o caso será investigado.

Eu não ouvi, mas outros deputados disseram que ouviram. O deputado Abílio disse que não falou. A nossa decisão é a seguinte: nós vamos fazer uma investigação, vendo as filmagens. Se vossa excelência falou, vai ter a leitura labial e vai ser fácil que isso seja identificado. Se vossa excelência de fato agir dessa forma, vai ter uma penalidade contra o senhor”, disse o deputado Arthur Maia. 

A confusão começou durante a fala da deputada Érika Hilton, que denunciava o comportamento do deputado Abílio. Antes, ele havia sido alvo de críticas por fazer gravações com a finalidade de ironizar os integrantes da CPI. 

Em pronunciamento, a deputada Érika disse que Brunini precisava “tratar sua carência em outro espaço”, pois o Legislativo era um lugar sério. Após o tumulto, o presidente da comissão anunciou que o caso será levado à polícia legislativa. 

Eu solicito à secretaria da comissão parlamentar mista de inquérito que envie para a polícia legislativa a cópia dessa filmagem para que se faça uma apuração”, disse Arthur Maia.

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