Política
A Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), departamento ligado à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), tem trabalhado bastante na última década — pelo menos em anos eleitorais. Ao todo, 101 das 166 (ou 60,9%) obras feitas pela diretoria nos últimos dez anos, foram elaboradas em anos de disputa de eleições para governador e presidente (2014, 2018 e 2022).
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Os dados fazem parte de um levantamento solicitado pelo BNews junto à Sudesb sobre obras voltadas a construções ou reformas de equipamentos esportivos entre 2014 e julho de 2024. Nesse período, a reportagem aponta que, em 2020, apenas uma obra foi elaborada. Além disso, em 2015, não houve registro de nenhum empreendimento.
Vale lembrar que o ano anterior foi marcado pela realização da Copa do Mundo em 2014 no Brasil. Salvador foi uma das sedes do torneio, recebendo jogos na Arena Fonte Nova. Além disso, no ano seguinte, a capital foi palco da disputa de futebol dos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
Na última década, o Governo da Bahia, por meio da Sudesb, gastou mais de R$ 112 milhões com reformas e construções de campos, quadras e estádios, por exemplo — e se engana quem pensa que o período com maior investimento foi no ano da Copa.
Dentre os anos eleitorais, 2014 — quando o hoje senador Jaques Wagner (PT) passou o bastão do Governo da Bahia para o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT) — foi o ano com menores cifras gastas e quantidade de obras. O somatório aponta 11 empreendimentos com valor total de acima dos R$ 3,4 milhões.
Em 2018, ano em que Rui foi reeleito como governador da Bahia, foram 28 obras conveniadas com investimento de quase R$ 12,5 milhões. Sendo assim, o primeiro lugar no pódio ficou com 2022 — quando Jerônimo Rodrigues (PT) foi eleito ao Palácio de Ondina. Foram, ao todo, 62 duas obras elaboradas, com mais de R$ 58 milhões investidos.
Inclusive, o ano de 2022 chama atenção tanto pela quantidade de obras — que representaram 37,4% durante o período entre 2014 e 2024 —, como também pelas cifras gastas, que são mais da metade (52%) do valor total empenhado na última década.
Confira abaixo a tabela completa:
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