Política

Dino cita ameaças com armas de fogo para faltar a audiência na Câmara

Tom Costa/MJSP
A justificativa foi apresentada em um ofício enviado ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP)  |   Bnews - Divulgação Tom Costa/MJSP
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

[email protected]

Publicado em 21/11/2023, às 10h37


FacebookTwitterWhatsApp

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, não vai comparecer à audiência pública que estava marcada para esta terça-feira (21) na Comissão de Segurança Pública e Combate contra o Crime Organizado (CSPCCO) da Câmara dos Deputados.

Inscreva-se no canal do BNews no WhatsApp

Em ofício enviado ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), Dino revelou que não estará presente na audiência por estar sendo ameaçado por integrantes da comissão, inclusive o presidente do colegiado. No documento, o ministro diz que está sendo chamado de “bandido”, “mentiroso”, “covarde” e “mocinha” por deputados.

“Destaca-se que as novas agressões, inclusive do Presidente da CSPCCO, mostram um ambiente ainda mais perigoso à minha integridade física e moral, confirmando a justificativa anterior”, argumentou Dino, que já havia faltado a uma audiência em outubro, alegando o mesmo motivo.

Ainda no ofício, o ministro disse que, além das agressões morais, ele vem sendo alvo de ameaças de uso de arma de fogo por alguns parlamentares.

"É verossímil pensar que eles andam armados, o que se configura uma grave ameaça à minha integridade física, se eu comparecesse à audiência. Lembro, a propósito, que os parlamentares não se submetem aos detectores de metais, o que reforça a percepção de risco, inclusive em razão dos reiterados desatinos por parte de alguns", argumentou.

Em suas redes sociais, Dino rebateu as criticas que que estaria fugindo da comissão e que estaria reunido na manhã desta terça com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e que tem outras tarefas pela tare. No entanto, ele voltou a se colocar à disposição para responder todos os pedidos de esclarecimento no plenário da Câmara.

"Estou disposto a ir. O que proponho é racionalização. Se eu tenho dezenas de pedidos, o regimento interno da Câmara prevê que se reúnam todas as comissões no plenário da casa e o ministro vai lá. Eu estou me oferecendo a isso, oficialmente, pela terceira vez. Se há agressão, ofensa, ameaça física, eu não posso como cidadão e ministro de Estado me submeter a um risco físico que eventualmente ocorra em algumas situações”, explicou Dino.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp