Política

Direto de Brasília: entenda como será o cronograma de votação da reforma tributária na Câmara

Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Proposta do governo tramita na casa e já conta com maioria favorável pela aprovação  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Daniela Pereira e Eduardo Dias

por Daniela Pereira e Eduardo Dias

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Publicado em 06/07/2023, às 13h22 - Atualizado às 14h15


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Com o governo praticamente formando maioria para levar ao plenário da Câmara dos Deputados a proposta de reforma tributária, o clima na Casa já é pela aprovação da medida. A votação está marcada para às 18h. Serão, no mínimo, sete horas de discussão.

Em conversa com o BNews na tarde desta quinta-feira (6), o deputado Cláudio Cajado (PP), que é relator de outra proposta de interesse prioritário do governo Lula, o Arcabouço Fiscal, explicou como será o cronograma de votação da reforma tributária na Câmara, que deve se estender durante toda a noite de hoje. 

A expectativa dos deputados é que a reforma seja votada e aprovada em primeiro turno, com folga, apesar da forte pressão sofrida por parlamentares da oposição, em especial dos membros do PL que são ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. 

"Se avançarmos e votarmos em primeiro turno a reforma tributária, eu creio que haja acordo para que nós possamos votar em seguida o segundo turno e deixar que a matéria siga para a continuação das discussões no Senado”, declarou Cajado.

Com as discussões iniciadas na casa na quarta-feira (5), sob forte pressão também de prefeitos e governadores, o relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) fez alterações no texto, acatando pedidos dos gestores e a medida pode ser votada ainda hoje. O presidente da Casa, Arthur Lira, inclusive, corre contra o tempo em busca dos votos para aprovar a medida antes do recesso parlamentar. 

"A reforma tributária tem um viés muito claro para poder dar um alento grande a indústria e o setor de comércio e serviços tem sido contemplado com ajustes que estão feitos no relatório do deputado Aguinaldo Ribeiro. Acredito que os prefeitos das capitais devam apresentar ao relator algumas sugestões que venham ao encontro do que eles também desejam", disse o deputado.

Muitos governadores já se manifestaram publicamente que são favoráveis. A maioria dos prefeitos, principalmente com a decisão da Confederação Nacional dos Prefeitos, a Fiesp, a Confederação Nacional da Indústria, favoráveis à reforma...as conversas estão acontecendo e o relator tem se mostrado aberto a poder absorver essas sugestões e acredito que, tanto o prefeito Bruno [Reis] tanto os demais prefeitos das capitais estejam nesse sentido de querer viabilizar novos entendimentos para que nós cheguemos até a votação com tudo equacionado. 

Em relação ao possível placar específico da votação de hoje, Cajado saiu pela tangente e não quis arriscar um palpite, mas reiterou que "a reforma está bem discutida".

"Eu penso que a reforma está bem discutida. Eu tenho oito mandatos consecutivos como deputado e venho discutindo essa questão da reforma há muitos anos. Essa pauta está sendo apresentada há pelo menos 25. Nós baianos temos um ditado: 'ou vai, ou racha'. Chegou o momento, ou vota agora ou então é difícil a gente continuar com essa discussão por mais tempo", pontuou.

*A repórter viajou para Brasília para fazer a cobertura no Congresso Nacional.

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