Direto de Brasília

Senador petista defende que CPI da Pandemia não encerre os trabalhos na próxima semana e siga até novembro 

Roque Sá / Agência Senado
Bnews - Divulgação Roque Sá / Agência Senado

Publicado em 18/09/2021, às 16h30   Victor Pinto, de Brasília*


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Com previsão de encerramento dos trabalhos na próxima quinta-feira (23), quando o senador Renan Calheiros (MDB-AL) deve apresentar o relatório final da CPI da Pandemia, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) se posicionou contra a medida. Para o congressista a comissão deveria prosseguir com as atividades até o mês de novembro, prazo final da última prorrogação feita. 

“Esse prazo [do dia 23] não é terminal. Poderá ser adiado até o início de novembro, de modo que seja possível o tempo necessário para ouvir todo mundo que tem que ser ouvido. Inclusive gente que aparece no meio do depoimento dos outros, e que abre novas linhas ou sub-linhas de investigação, afirmou.

“Fazendo um breve histórico comparativo com a própria Operação Lava Jato, aqui há uma diferença: nós estamos saindo da estaca zero e não da estaca um, não temos um delator inicial que diz onde estava tudo, como tudo acontecia, que depois queria se beneficiar e depois vai fazendo aquela construção toda que vira um tsunâmi político, não é? Aqui nós estamos começando do zero mesmo. A CPI começou praticamente às cegas, e ela vai fazendo o seu trabalho e vai desenovelando várias linhas de investigação diferentes”, prosseguiu o político.

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Na avaliação de jornalistas que cobrem o dia a dia do Congresso e assessores ouvidos pelo BNews na última semana no Senado Federal, a CPI da Pandemia já esgotou seu combustível e não possui mais apelo midiático e político para se manter por tanto tempo. Se cogitou levar adiante, no novo prazo limite, caso surgisse algum novo fato crucial, como foi o depoimento dos irmãos Miranda, mas esse ponto de partida não ocorreu. 

*Editor de Política do BNews está em Brasília para a cobertura da CPI da Pandemia

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