Diretor de associação da PF diz que Bolsonaro desvaloriza segurança pública

Integrantes das forças de segurança federais de todo o país realizaram protestos contra o governo nesta quinta-feira (12). Em Salvador, agentes da Polícia Federal se manifestaram em frente à sede da corporação, no Itaigara.

As categorias cobram do presidente Jair Bolsonaro (PL) o cumprimento da promessa de reestruturação das carreiras. Diretor da Associação dos Delegados de Polícia Federal na Bahia (ADPF-BA), Wal Goulart afirma que o orçamento de R$ 1,7 bilhão já foi aprovado, para a remodelação, e agora resta a edição de uma Medida Provisória por parte do Poder Executivo.

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"O Ministério da Justiça já encaminhou a minuta para o Ministério da Economia. A MP já deveria ter sido elaborada e implementada pelo presidente da República, mas está travada no Ministério da Economia", disse em entrevista ao BNews.

"Depois de publicamente, diversas vezes, afirmar que a Polícia Federal merecia [a reestruturação das carreiras], o presidente da República novamente descumpre a palavra e afirma que não fará mais. O presidente que foi eleito com a bandeira de valorizar a segurança pública, na prática, tem feito o contrário", critica.

Interferência

O representante dos delegados da PF na Bahia também fez críticas às trocas promovidas por Bolsonaro em cargos de direção da corporação. Por causa disso, o presidente chegou a ser alvo de inquérito por suspeita de interferência na Polícia Federal. "Ele promoveu trocas de cinco diretores gerais. Isso causa problemas, de forma geral, na estrutura da polícia", aponta Wal.

As categorias, que também englobam policiais rodoviários e penais federais, agora, aguardam a repercussão dos protestos de hoje. Inicialmente, uma nova mobilização está prevista para a próxima quinta-feira (19).

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