Política

Edvaldo Brito critica Bruno Reis após vetos: "Acho que ele não lê"

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“Toda vez que sai um projeto para a sanção ele volta vetado. Agora, as desgraças que saem do Executivo, a maioria do prefeito aprova", bradou Edvaldo  |   Bnews - Divulgação Joilson César/ BNews

Publicado em 04/04/2023, às 20h36   Redação BNews


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“Toda vez que sai um projeto para a sanção ele volta vetado. Agora, as desgraças que saem do Executivo, a maioria (dos vereadores) do prefeito aprova. Tá precisando acabar isso!”, bradou o vereador Edvaldo Brito, durante uma entrevista à Rádio Câmara de Salvador, nesta terça-feira (04), dia seguinte a ele se pronunciar em sessão, ameaçando sair da Comissão de  Constituição e Justiça (CCJ), por causa dos vetos do prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB).

Além das recorrências de vetos, segundo o edil, o estopim veio após o Projeto de Lei (PL) nº 170/2022 ser barrado pelo Executivo e, em seguida, na Câmara. Tal projeto, de autoria do vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB), previa a obrigatoriedade da capoeira nas escolas da Rede Municipal. 

“Quer alguma coisa que dá mais rendimento para sua excelência (prefeito) do quê a capoeira pra salvador? Ele arrecada os impostos em função do corpo cheio de energia dos meus companheiros de raça. A capoeira é uma manifestação cultural dos meus ancestrais e ele ganha com isso, e ele, o prefeito, o Executivo, o renega? É uma coisa que me ofendeu pessoalmente”, disse Brito, pouco depois de reafirmar que “basta um empurrãozinho para ficar fora da CCJ”.

O vereador deu o benefício da dúvida a Bruno Reis, alegando que o mandatário não teria lido o projeto. “Eu acho que ele não lê. Adoro o prefeito como pessoa, mas como prefeito, ele vai ter que receber de mim essas bordoadas”.

Ainda na entrevista, o vereador ainda explicou que vetos não podem ser dados sem as devidas explicações. “Eu chamei atenção para um livro, que foi uma tese, apresentada por um dos homens mais ilustres da Bahia; Luiz Navarro de Brito. Ele mostra que o veto tem que ser motivado sim, não vale só dizer que é por conveniência e interesse público”.

“Eu já fui prefeito, já fui vice-prefeito, portanto, o prefeito atual não vai me ensinar o que tenho que fazer. Eu também não vou ensinar a ele, mas se eu tivesse que ensinar, eu diria pra ele assim: além da festa com Ivete Sangalo, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Luedji Luna, além dessa festa linda que ele fez, tem que ter o encargo de ler tudo que passa na mão dele (...) Então ele tem que ler o diabo do veto que ele manda pra lá (Câmara de Vereadores)”, disse Brito.

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