Política

Em novo depoimento, Mauro Cid deve falar sobre trama golpista

Geraldo Magela / Agência Senado
A intenção dos investigadores era que Mauro Cid esclarecesse pontos que deixou de fora da delação  |   Bnews - Divulgação Geraldo Magela / Agência Senado
Tácio Caldas

por Tácio Caldas

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Publicado em 12/03/2024, às 08h07


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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deu um novo depoimento à Polícia Federal (PF).  Os agentes da PF tinham a expectativa de que Cid falasse sobre outros pontos da investigação, em especial sobre a trama que tinha o intuito de impedir a posse do atual presidente Lula (PT). A nova fala de Cid aconteceu na última segunda-feira (11), às 15h.

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Além dessa situação sobre a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, os investigadores desejavam maiores esclarecimentos sobre elementos encontrados ao longo das investigações. Informações essas que teriam sido deixadas de fora dos depoimentos anteriores da delação premiada, firmada em setembro de 2023. Entre elas estão o fato da realização de uma reunião ministerial promovida por Bolsonaro em julho de 2022, onde o ex-presidente incitou seus ministros a questionar o resultado das eleições.

De acordo com os investigadores, Mauro Cid também teria omitido uma "negociação" com o major das Forças Especiais do Exército, Rafael Martins de Oliveira. Essa tratativa envolvia o pagamento de R$ 100 mil para serem usados no custeio de despesas dos manifestantes em Brasília. Essa conversa teria ocorrido em 14 de novembro de 2022, pouco tempo depois das eleições. A troca de mensagens foi localizada no celular de Cid.

PF X MAURO CID

Esse diálogo, para a Polícia Federal indica que alguns militares da ativa e integrantes do antigo governo "estavam dando material e financeiro para que as manifestações antidemocráticas permanecessem mobilizadas, garantindo uma falsa sensação de apoio popular à tentativa de golpe". Por outro lado, Mauro Cid revelou para pessoas próximas que não teria falado sobre este assunto por entender que esses fatos não teriam relevância e por entender que não se tratava do "golpe".

Além disso, o tenente-coronel disse a alguns interlocutores que essa reunião teria ocorrido com todos os ministros, gravada, e que ocorreu em julho. Dessa forma, segundo ele, tudo teria ocorrido bem antes de qualquer discussão sobre minuta golpista descoberta pela PF. 

Assista ao Radar BNews da última segunda-feira (11):

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