Política

Entenda como funcionava o sistema de espionagem usado ilegalmente pela Abin

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Desenvolvido por uma empresa israelense, o sistema era capaz de rastrear a localização de qualquer celular  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 20/10/2023, às 18h23 - Atualizado às 20h38   Marco Dias


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Os servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), presos na manhã desta sexta-feira (20) por uso ilegal de sistema de monitoramento durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiam ter acesso à localização de qualquer celular. 

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Desenvolvido pela empresa israelense Cognyte, o FirstMile, sistema de monitoramento utilizado pela Abin, é capaz de detectar um indivíduo com base na localização de aparelhos que usam as redes 2G, 3G e 4G. Ele se baseia em torres de telecomunicações instaladas em diferentes regiões para captar os dados de cada aparelho telefônico e, então, devolver o histórico de deslocamento do dono do celular. 

De acordo com a Polícia Federal (PF), durante os três primeiros anos do governo Bolsonaro, a agência teria utilizado a ferramenta para monitorar os passos de 10 mil proprietários de celulares a cada 12 meses, sem qualquer protocolo oficial. 

Em nota, a Abin diz que a Corregedoria-Geral da agência concluiu, em 23 de fevereiro de 2023, uma apuração interna para verificar a regularidade do uso do sistema da empresa israelense, adquirido pelo órgão em dezembro de 2018.  

Segundo a agência, a ferramenta deixou de ser utilizada em maio de 2021 e, “desde então, as informações apuradas nessa sindicância interna vêm sendo repassadas pela Abin para os órgãos competentes, como Polícia Federal e Supremo Tribunal Federal”, informou em nota. 

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