Política
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O vice-governador eleito da Bahia, Geraldo Júnior (MDB), não economizou palavras para descrever a relação com ACM Neto (UB). A tensão entre os dois começou após o emedebista romper com o ex-prefeito de Salvador e desembarcar na base do governador Rui Costa (PT), integrando a chapa majoritária ao lado de Jerônimo Rodrigues (PT).
Ao ser questionado sobre ter traído o ex-prefeito após rompimento, Geraldo Júnior foi taxativo. “A pecha de traidor caiu para quem realmente traiu a Bahia, os baianos e o cenário político. A derrota nas urnas mostrou quem é o traidor da Bahia, porque eu nunca faltei a palavra. Eu fui 100% correto como político e presidente da Câmara com o ex-prefeito da cidade e com Bruno Reis, a quem tenho um apreço, admiração e respeito”, disse na manhã desta quarta-feira (28), em entrevista à rádio Metrópole.
Após acordo com o prefeito Bruno Reis para definição de eleição da presidência da Câmara de Vereadores, Geraldo Júnior ainda elogiou o prefeito, em um claro sinal de paz selada entre o Executivo e Legislativo municipal. “Eu e o governador Rui Costa dissemos que no dia 02 de outubro iríamos dar o grito de liberdade a Bruno Reis. Porque Bruno Reis não é má pessoa não. Ele é um cara fantástico”, disse, referindo-se à possível falta de liberdade do prefeito para gerir a cidade.
Durante a entrevista, Geraldo Júnior ainda citou antigos aliados de ACM Neto, que, segundo ele, teriam sido ‘eliminados’ do cenário político. “Já ouviu falar no Big Brother, né? Eu seria o próximo eliminado. O senhor tem ouvido falar no ex-governador da Bahia, Paulo Souto? Em César Borges, Antônio Imbassahy, Aleluia, Zé Ronaldo, Marcelo Nilo, José Carlos Araújo? Geraldo Júnior é vice-governador da Bahia por uma decisão acertada, que eu tomei lá atrás. Se não eu já estaria nessa bacia com o carimbo de 'eliminado'”, completou.
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