Política

"Eu tomo uísque todo dia antes de dormir", diz Hamilton Mourão após derrota de Bolsonaro

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Diferente de Bolsonaro, Hamilton Mourão foi eleito em 2022 e será Senador pelo RS  |   Bnews - Divulgação Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil

Publicado em 02/11/2022, às 08h11   Cadastrado por VD


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Vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos) deu uma entrevista com várias declrações cheias de sinceridade para o jornal O Globo. O vice-presidente comentou sobre a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial, comentou sobre as frustrações que acumulou ao longo de quatro anos como vice-presidente e sua relação com Bolsonaro.

Mourão falou que os quatro anos como vice-presidente foram muito tranquilos e que, por isso, se sentiu um pouco frustrado. Ele diz que teve "momentos de estresse". Questionado se eram estresses com Bolsonaro, ele negou. "Nunca me estressei com ele. De chegar e falar 'perdi meu sono'. Eu tomo uísque todo dia antes de dormir, então não perco o sono."

Sobre a derrota na eleição, Mourão disse que não adianta reclamar depois de entrar na partida.

"Nós concordamos em participar de um jogo em que o outro jogador (Lula) não deveria estar jogando. Mas se a gente concordou, não há mais do que reclamar. A partir daí, não adianta mais chorar, nós perdemos o jogo", afirmou. "Aceitamos participar do jogo. Não considero que houve fraude na eleição. Mas um jogador não deveria estar jogando. Essa é minha visão", completa o vice-presidente.

Mourão se elegeu senador pelo Rio Grande do Sul e assume a partir de janeiro de 2023. Ou seja: diferente de Bolsonaro, o vice-presidente terá mandato.

"O que aprendi é que você tem que entender qual o papel do vice-presidente. A Constituição diz que o Executivo é exercido pelo presidente e seus ministros. O vice-presidente é um apêndice. Tu só vai se dar conta disso quando vira efetivamente vice-presidente", disse ao ser questionado sobre o balanço que fazia do trabalho como vice.

"Acho que todos (os vices) se frustraram. Nos Estados Unidos, na Argentina, no Uruguai, o vice-presidente é também presidente do Senado. Acho que é uma mudança que seria boa aqui. Por outro lado, pela minha personalidade, muita gente me procurou para mostrar projetos, pedir apoio nos ministérios, convidar para fazer palestra, visitar municípios, estados. Eu não tive marasmo."

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