Política

Ex-ministro de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas 'se esquiva' do presidente em entrevista; entenda

Foto: Marcos Corrêa/PR
Tarcísio de Freitas foi ex-ministro de Bolsonaro antes de se elegeer governador de SP  |   Bnews - Divulgação Foto: Marcos Corrêa/PR

Publicado em 06/12/2022, às 07h24   Cadastrado por VD


FacebookTwitterWhatsApp


Amigos, amigos; negócios à parte. Assim soou a declaração de Tarcísio de Freitas (Republicanos), bolsonarista que foi eleito governador de São Paulo nas últimas eleições em entrevista à CNN. O político tentou desatrelar sua imagem da do presidente Jair Bolsonaro (PL), que o lançou politicamente.

"Eu nunca fui bolsonarista raiz. Comungo das ideias econômicas, principalmente, desse governo Bolsonaro. A valorização da livre iniciativa, os estímulos ao empreendedorismo, a busca do capital privado, a visão liberal", disse à CNN Brasil.

"Sou cristão, contra aborto, contra liberação de drogas, mas não vou entrar em guerra ideológica e cultural", completou.

Para o político, o "Brasil está muito tenso e dividido" e, por isso, é "preciso pacificar". Ele relatou que recebeu críticas por enviar uma mensagem de apoio, via redes sociais, para a família de Luiz Antônio Fleury Filho, ex-governador de São Paulo, que morreu no mês passado.

"Depois, tinha um evento em que teve um jantar com ministros do STF [Supremo Tribunal Federal], STJ [Superior Tribunal de Justiça], TSE [Tribunal Superior Eleitoral], TCU [Tribunal de Contas da União]. E, na divisão das mesas, me botaram ao lado do ministro Barroso. Queriam que eu me levantasse e saísse? Sou governador eleito de São Paulo. Vou conversar com ministros do STF", disse.

Luís Roberto Barroso é um dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), criticado frequentemente por Bolsonaro e seus apoiadores.

Apesar de se destrelar do que classificou como bolsonarismo raiz, Tarcísio afirmou que é grato ao presidente da República e pediu para que ele "saia do casulo" para liderar uma oposição de centro-direita ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Tenho muita gratidão pelo presidente e temos conversado quando vou a Brasília. Tenho falado muito da necessidade de ele sair do casulo, de se posicionar como liderança de centro-direita, de atuar na sucessão da mesa e fazer uma oposição responsável e ser voz crítica, por exemplo, da maneira como a PEC [da Transição] foi apresentada", declarou.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp

Tags