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SP: Equipe de Tarcísio mandou cinegrafista apagar vídeo de tiroteio em Paraisópolis; OUÇA

Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil
Ordem de equipe de Tarcísio pode configurar uma série de crimes  |   Bnews - Divulgação Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil

Publicado em 26/10/2022, às 06h37   Cadastrado por VD


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Um áudio divulgado pelo candidato petista ao governo do Estado, Fernando Haddad, revela que um integrante da equipe de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ordenou que um cinegrafista da Jovem Pan apagasse imagens do tiroteio ou um cinegrafista da Jovem Pan apagar imagens do tiroteio que terminou com um suspeito morto e interrompeu agenda do candidato em Paraisópolis, na zona oeste de São Paulo.

O caso aconteceu na segunda-feira da semana passada, dia 17 de outubro. Inicialmente, Tarcísio tratou o episódio como uma tentativa de atentado conta sua vida - mas depois começou, paulatinamente, a recuar no discurso.

A equipe da Jovem Pan foi levada a um prédio utilizado pela equipe de Tarcísio de Freitas, que é ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL). No local, o profissional foi interrogado e veio a ordem para que ele apagasse as imagens.

"Você filmou os policiais atirando?", questiona um integrante da campanha. "Não, trocando tiro efetivamente, não. Tenho tiro da PM pra cima dos caras", responde o cinegrafista.

O membro da campanha ainda pergunta se ele havia filmado as pessoas que estavam no local onde o evento com Tarcísio foi realizado. "Você tem que apagar", diz o segurança.

Procurada e informada sobre o teor da reportagem, a emissora se manifestou por meio de nota.

"A Jovem Pan exibiu todas as imagens feitas durante o tiroteio. O trabalho do cinegrafista permitiu que a emissora fosse a primeira a noticiar o ocorrido no local. Não houve contato da campanha do candidato Tarcísio com a direção da emissora com o intuito de restringir a exibição das imagens e, por consequência, o trabalho jornalístico."

Já a campanha de Tarcísio de Freitas afirmou que "um integrante da equipe perguntou ao cinegrafista se ele havia filmado aqueles que estavam no local e se seria possível não enviar essa parte para não expor quem estava lá".

Especialistas escutados pelo jornal Folha de São Paulo afirmaram que o ato pode ser enquadrado em até cinco crimes diferentes: obstrução à Justiça, favorecimento pessoal, supressão de documento, fraude processual e coação no curso do processo, além de violações à legislação eleitoral.

Classificação Indicativa: Livre

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