Política

Polícia diz que tiroteio próximo à campanha de Tarcísio não aponta para um atentado

Wilson Dias/Agência Brasil
Agenda da campanha do candidato foi interrompido por tiros  |   Bnews - Divulgação Wilson Dias/Agência Brasil

Publicado em 17/10/2022, às 19h35   Cadastrado por José Ivan Neto


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O secretário de Segurança Pública de São Paulo, João Camilo, declarou nesta segunda-feira (17), que o tiroteio em Paraisópolis, próximo ao evento deTarcísio de Freitas (Republicanos), não teria sido um atentado contra o candidato, de acordo com informações preliminares.

Enquanto realizava sua agenda de campanha, o candidato ao governo de São Paulo foi surpreendido com disparos de tiros fora do prédio em que realizava sua agenda. Jornalistas que acompanhavam a agenda no Polo Universitário de Paraisópolis ficaram abaixados em uma sala no local. Após o ocorrido, o ex-ministro deixou o local acompanhado de seguranças e foi escoltado em uma van blindada.

De acordo com Camilo, a presença de uma escolta policial no local poderia ter desencadeado um confronto na comunidade. Porém, o general afirmou que nenhuma hipótese está totalmente descartada nas investigações sobre a motivação da troca de tiros. “Falta identificar a motivação. Eu coloco (a motivação do tiroteio) na dinâmica de um ruído com (o fato de) a polícia estar presente (para fazer a segurança de Tarcísio) — disse o secretário, que complementou: É prematuro dizer isso (se tratar de um atentado) com os dados que temos.



Segundo integrantes da Associação de Moradores de Paraisópolis, a corporação não tinha sido notificada da visita. Além disso, declarou que o suspeito Felipe Silva de Lima, 28 anos, com passagens por roubo, foi morto em confronto com policiais. A morte de Felipe ainda é investigada. Segundo o secretário, não há confirmação de que Silva de Lima pertencesse a alguma facção criminosa que tivesse atuação na região.

Coronel Ronaldo Miguel Vieira, comandante-geral da Polícia Militar, confirmou que o confronto foi provocado por criminosos que estavam, em tese, incomodados com o policiamento na região. De acordo com o coronel, não houve disparos contra o imóvel em que estava o ex-ministro, mas sim contra uma van escolar nas proximidades.

“Os efeitos colaterais (troca de tiros) foram provocados pelos marginais que investiram contra a polícia. Eram motos, com oito indivíduos, dois deles portando com armas longas, que tiveram resposta da polícia”, afirmou Vieira.

Não houve presos. O suspeito morto estava armado com uma pistola e fazia parte do grupo de oito suspeitos. Os demais fugiram.

Fernando Haddad (PT), adversário de Tarcísio no segundo turno, repudiou o caso: “Eu estou sabendo por você (jornalista). Eu não tenho conhecimento disso. Eu repudio toda e qualquer forma de violência”. O petista declarou que, após o ocorrido, mandou uma mensagem pelo WhatsApp a Tarcísio, porém, não obteve resposta.

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