Política

Ex-presidente francês elogia Lula e defende Brasil permanente no Conselho de Segurança da ONU

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Para Sarkozy, o Brasil tem vocação para ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Redes Sociais

Publicado em 14/10/2023, às 18h29   Cadastrado por Lula Bonfim


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O ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, fez diversos elogios nesta sexta-feira (13) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com ele, em relato registrado pela CNN Brasil, o petista tem um protagonismo internacional que os antecessores brasileiros não tiveram.

“Quando Dilma [Rousseff] era presidente, ela não tinha o protagonismo internacional de Lula. Podemos estar de acordo ou não com Lula, mas a sua vontade de levar a voz do Brasil ao mundo é incontestável”, disse Sarkozy, durante o Fórum Internacional Esfera, em Paris.

Durante os dois primeiros mandatos de Lula como presidente do Brasil, entre 2003 e 2010, Sarkozy também viveu um período como presidente da França. Eles, apesar de serem de espectros políticos opostos, mantinham uma boa relação como chefes de Estado.

“Lula e eu éramos como dois dedos de uma mão, mas vocês vão dizer: ‘Como assim?’ O Lula é de esquerda e eu nunca fui de esquerda, mas Lula dizia com razão: ‘Se nós reunirmos todos os meus amigos e os seus, reunimos 100% do planeta'”, contou o ex-presidente da França.

Sarkozy também fez críticas às grandes potências econômicas do mundo e à governança da ONU (Organização das Nações Unidas). Segundo ele, a instituição perdeu importância, na mesma medida em que países emergentes ganharam força.

“O sistema multilateral que conhecemos hoje é do século 20 e estamos no século 21”, disse. “Onde está a Organização das Nações Unidas? Desapareceu. Quem dá importância para o que diz o secretário-geral das Nações Unidas?”, questionou Sarkozy.

O sonho de Lula, de tornar o Brasil membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, também foi defendido por Sarkozy. Para ele, é um absurdo que a África e a América do Sul não tenham representantes definitivos no grupo. Apesar de hoje presidir o órgão, o Estado brasileiro tem presença apenas rotativa.

“Não tem um país africano [como membro permanente do Conselho], não tem um país da América do Sul, é uma loucura”, afirmou. “Evidentemente, o Brasil tem vocação para ser membro [permanente] do Conselho. Não há nada mais urgente hoje do que o Brasil e a França assumirem a liderança para desenhar o que deveria ser um novo sistema multilateral do século 21, que possibilite falar e resolver questões mundiais”, avaliou.

“A França tem que agarrar essa oportunidade. O Brasil é uma grande potência demográfica e ignoram o poder político do Brasil”, disparou Sarkozy.

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