Política
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou, neste sábado (14), por telefone, com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, sobre a guerra que ocorre desde o final de semana passado entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
De acordo com informações publicadas pelo Palácio do Planalto, Lula telefonou para Abbas em busca de apoio para a retirada dos brasileiros que se encontram no território da Faixa de Gaza, comandado pelo Hamas e que está sob ataque da artilharia israelense.
Lula condenou os ataques do Hamas contra civis em Israel, ressaltou a importância da libertação imediata de todos os reféns sob posse do grupo terrorista e pediu a construção de um corredor humanitário, que facilite a assistência à população que reside na Faixa de Gaza.
O petista colocou o Brasil à disposição para ajudar na busca pela paz e voltou a dizer que os inocentes em Gaza não podem pagar o preço da “insanidade” daqueles que desejam a guerra. Lula e Mahmoud Abbas concordaram que a saída para Israel e Palestina deve ser política e pacífica.
O presidente da Autoridade Palestina agradeceu o apoio de Lula, defendeu o fim imediato dos ataques israelenses e a abertura urgente de corredores humanitários na Faixa de Gaza, visando a entrada de suprimentos médicos, água, eletricidade e combustível.
Segundo Abbas, a Autoridade Palestina está trabalhando para viabilizar a saída de cidadãos estrangeiros que se encontram na Faixa de Gaza, em meio ao bombardeio israelense. É o caso de algumas famílias brasileiras, que tentam a saída através do Egito.
Entenda
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, integra o grupo político laico conhecido como Fatah e exerce liderança sobre o território palestino chamado de Cisjordânia, ao nordeste de Israel.
O Fatah atuava também na Faixa de Gaza — ao sudoeste de Israel — até 2007, quando foi expulso da região pelo grupo terrorista Hamas, que defende a Palestina como um estado religioso islâmico.
Os grupos são tidos como rivais entre si, gerando uma separação política e social considerável entre os dois territórios palestinos — Cisjordânia, com o Fatah, e Gaza, com o Hamas. Enquanto o primeiro tenta viabilizar o reconhecimento do Estado palestino através da diplomacia, o segundo usa o terrorismo para tentar alcançar seus objetivos.
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