Política

Falsa líder de partido de Bolsonaro levou R$ 200 mil ao fingir venda de dólares a jovens

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Além de vender passagens aéreas falsas, falsa líder simulou venda de dólares, mas nunca os entregou  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 21/02/2024, às 08h04   Cadastrado por Daniel Brito


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Ivana Nazaré Freitas de Oliveira, apontada como falsa líder do PL Mulher, ala feminina do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teria causado um prejuízo maior do que se imaginava. De acordo com desdobramentos trazidos pelo portal Metrópoles, a mulher simulou a venda de dólar a jovens, mas nunca entregou os valores.

Segundo um engenheiro civil ouvido pela reportagem, a mulher se aproximou de um grupo de amigos por meio da igreja evangélica, apresentou-se como uma cristã e conquistou a confiança e a amizade dos fiéis.

Em setembro de 2020, a vítima contou a Ivana que planejava uma viagem para os Estados Unidos, mas precisava de um contato para comprar dólares. Ao homem, ela disse que e conseguiria comprar por um valor abaixo de mercado, pois teria contatos que permitiram isso.

Segundo o engenheiro, a golpista transmitiu confiança, o que fez as pessoas encomendarewm US$ 22,8 mil dólares com ela - valor que ultrapassa os R$ 200 mil. "Ela explicou que se tratava de dólar programado, mais econômico, mas que levaria algum tempo para ser entregue. Pesquisei na internet e vi que essa prática era legítima, então encomendamos", disse.

No entanto, quando a data de entrega se aproximava, a mulher dava justificativas para os atrasos. Nas primeiras vezes, as vítimas acreditaram. Tempos depois, veio a desconfiança. O grupo, ao pesquisar na internet, descobriu casos semelhantes e notícias sobre desvio de dinheiro do Ministério do Trabalho em seu nome.

Ivana se apresentava como aposentada do Ministério da Fazenda, afirmando que tinha amizade com políticos poderosos. “Ela sempre falava sobre sua família, especialmente seus netos, dando a impressão de ser uma pessoa íntegra e dedicada à família. Alegava que seu marido era funcionário da Agência Brasileira de Investigação (Abin), ganhava bem, e ambos investiam em dólar. Mas tudo era mentira", adicionou.

Condenação

Ivana foi condenada por peculato em agosto de 2019, quando  fazia parte de um grupo formado por servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que se envolveu no desvio de recursos da Superintendência Regional no Rio Grande do Norte (SRTE/RN) entre 2006 e 2008.

Como assessora da Secretaria Executiva, Ivana namorava um empresário beneficiado pelos desvios e participou do esquema ajudando a liberar os recursos ilegalmente pagos à empresa dele. Por isso, foi apontada como uma das "mentoras" do esquema.

Classificação Indicativa: Livre

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