Política

Flávio Bolsonaro diz que Guedes não está garantido em caso de reeleição

Senador Flávio Bolsonaro em discurso no Plenário - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Nos últimos tempos, Guedes tem perdido prestígio no governo  |   Bnews - Divulgação Senador Flávio Bolsonaro em discurso no Plenário - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Publicado em 11/02/2022, às 07h53   Redação BNews


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O senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que o cargo de Paulo Guedes no comando do Ministério da Economia não é intocável. Pelo contrário, em entrevista ao Globo, o parlamentar disse que não sabe se ele permaneceria no cargo em caso de reeleição do seu pai.


A missão de conduzir a política econômica do país, segundo Flávio, é "cansativa", e é perceptível que, tanto o ministro quanto o próprio presidente Bolsonaro, estão desgastados, mas que Guedes pode continuar auxiliando o governo.


"Ele (Guedes) tem o senso de responsabilidade de buscar o meio-termo para que a política econômica não degringole o Brasil de vez, a médio e longo prazo, mas sabe da importância, em ano eleitoral, de ter um remédio mais amargo para segurar a inflação, reduzir o preço do dólar e gerar mais emprego. Eu não sei se ele seguiria no cargo em um segundo governo. Depende da disposição dele, que é cansativo. Você vê que o presidente Bolsonaro envelheceu muito, o Paulo Guedes também. É muito desgastante. Se ele quiser continuar dando sua contribuição, o presidente Bolsonaro vai indiscutivelmente topar na hora, mas não sabemos os planos pessoais dele", declarou.


Nos últimos tempos, Guedes tem perdido prestígio no governo. Com o apoio de Flávio e benção de Jair, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), articulou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a concessão de um auxílio a caminhoneiro na compra de diesel e a redução de impostos nos combustíveis.


A proposta, no entanto, é chamada pela equipe de Guedes de 'PEC Kamikaze', pois segundo a projeção da pasta ela pode causar um impacto de até R$ 100 bilhões aos cofres públicos.


Flávio diz que o seu voto favorável à PEC seguiu a orientação do líder do partido, mas que existe hoje um consenso de que é preciso adotar medidas para reduzir o valor dos combustíveis.


"Eu estava em Belo Horizonte, e quando eu saio eu vi a notícia que eu tinha assinado a PEC. No Senado, a assessoria faz tudo eletrônico. Não tinha conseguido me consultar na hora e como havia a orientação da liderança do governo de que seria favorável à PEC eles fizeram a assinatura digital. Então, a responsabilidade é minha. A PEC tem coisas positivas e negativas", ponderou.


"Em função dessa PEC acendeu um alerta no governo para acelerar quais as propostas do governo para reduzir o preço do combustível, atender toda a cadeia produtiva, caminhoneiros, o pessoal que usa transporte coletivo, quem tem carro etc.  O importante é que todos estão imbuídos de reduzir o preço de combustível que está muito alto", finalizou.

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