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Flávio Dino faz grave acusação contra governo Bolsonaro no caso de indígenas Yanomamis

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Segundo o ministro, houve “negação de socorro aos indígenas Yanomamis  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Câmara

Publicado em 23/01/2023, às 19h51   Cadastrado por Daniel Serrano


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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que as investigações sobre o caso dos indígenas Yanomamis vão apurar a atuação de agentes públicos e autoridades do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro por negar “socorro sanitário” a essas populações.

“Houve negação de socorro sanitário a essas populações. Precisamos investigar ex-agentes públicos como ex-dirigentes de saúde indígena, ex-ministros, ex-presidentes de órgãos e outros”, disse Dino, nesta segunda-feira (23), durante o lançamento de um programa voltado para atendimento a refugiados.

“Nós tivemos estímulo a garimpos ilegais pelo governo federal, inclusive uma visita de [Jair] Bolsonaro a um garimpo que não estava com sua situação regularizada na Justiça e foi noticiado pela imprensa”, declarou o ministro.

Nesta segunda, a pasta comandada por Dino enviou à Polícia Federal (PF) um inquérito para acompanhar a situação dos Yanomamis. No documento, foi pedido a investgação dos seguintes crimes: genocídio, omissão de socorro, crimes ambientais, peculato, e corrupção contra a saúde indígena.

Na última sexta-feira (20), o Ministério da Saúde decretou emergência em saúde pública no território yanomami para assegurar atendimento em saúde em caráter de urgência da população indigena. Além disso, foi instalado um Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública. Uma equipe técnica está na localidade, e há a previsão de funcionamento de um hospital de campanha para atendimento aos indígenas.

No sábado (21), o presidente Lula (PT) visitou unidades de saúde indígena na capital de Roraima,  Boa Vista, o que deu visibilidade à crise de saúde no território, agravada pela presença ilegal de 20 mil garimpeiros na reserva.

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