Flordelis disse 'estou livre' após enterro de pastor, afirma filho em júri

O filho afetivo de Flordelis, Alexsander Felipe Mato Mendes, afirmou nesta terça (8), no segundo dia do julgamento da ex-deputada federal, que escutou a mãe falando "estou livre", de braços abertos, após o enterro do marido, o pastor Anderson do Carmo, morto a tiros em junho de 2019.

O testemunho de Alexsander foi em resposta ao advogado Ângelo Máximo, assistente de acusação. Segundo ele, Alexsander já havia relatado o que ouviu a Maria Edna do Carmo, irmã de Anderson. O filho adotivo pediu para depor por videoconferência, pois não queria estar na presença dos réus.

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Além disso, ele também relatou ao júri que não achava o choro de Flordelis verdadeiro durante o velório e o enterro. "Falo isso com dor na minha alma".

Alexsander também contou os momentos em que percebeu os sinais de envolvimento da família na morte de Anderson. Além do "choro de crocodilo" e do "desabafo" de liberdade, ele destacou o momento em que Flordelis falou a uma das netas que "elas teriam mais tempo para elas" agora.

Outro fato relatado com estranheza por Alexsander foi a ex-deputada federal ter marcado manicure dois dias após o crime. Ele disse ter acreditado, inicialmente, que o cuidado com as unhas era porque Flordelis exercia mandato como deputada e precisava estar arrumada, mas juntou o fato a outros elementos observados depois.

A advogada responsável pela defesa de Flordelis, Janira Rocha, seguiu com a linha de que Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica de Flordelis que também é ré no processo, foi a única responsável por tramar a morte de Anderson em resposta a supostos abusos cometidos contra ela e suas filhas, netas de Flordelis.

Além de Alexsander, são esperados depoimentos dos filhos afetivos Daiane Freires e Wagner Andrade Pimenta, conhecido como Mizael; o filho biológico Daniel dos Santos de Souza; as filhas adotivas Érica dos Santos de Souza e Roberta dos Santos; a nora Luana Vedovi Rangel Pimenta; e as netas Raquel dos Passos Silva e Rebeca Vitória Rangel Silva.