Política

Futuro ministro da Justiça dispara contra manifestantes após bolsonarista plantar bomba; saiba o que ele disse

Divulgação / SSP
O futuro ministro da Justiça chamou os acampamentos bolsonaristas de “incubadoras de terroristas”  |   Bnews - Divulgação Divulgação / SSP

Publicado em 25/12/2022, às 11h37   Cadastrado por Edvaldo Sales


FacebookTwitterWhatsApp

Manifestantes acampados em frente aos quartéis do Exército foram alvos do futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA). Ele usou as redes sociais, neste domingo (25), para criticar os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). A reação foi motivada pela descoberta de um atentado terrorista organizado por um dos integrantes do movimento, que tentou explodir um caminhão nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília no último sábado (24).

De acordo com Dino, os acampamentos dos bolsonaristas se tornaram “incubadoras de terroristas”.

Os graves acontecimentos de ontem em Brasília comprovam que os tais acampamentos ‘patriotas’ viraram incubadoras de terroristas. Medidas estão sendo tomadas e serão ampliadas, com a velocidade possível”, iniciou Dino.

Ele continuou dizendo que “o armamentismo gera outras degenerações”. “Superá-lo é uma prioridade”, escreveu.

Dino também elogiou o trabalho da PCDF, que, de acordo com o parlamentar, agiu com eficiência.

Mas, ao mesmo tempo, lembro que há autoridades federais constituídas que também devem agir, à vista de crimes políticos. As investigações sobre o inaceitável terrorismo prosseguem”, continuou.

O próximo titular da Justiça disse ainda que tem mobilizado autoridades de segurança pública para ficarem atentos ao caso. “O delegado Andrei [Rodrigues], futuro diretor-geral da PF, tem feito o acompanhamento, em nome da equipe de transição. Não há pacto político possível nem haverá anistia para terroristas, seus apoiadores e financiadores.”

Entenda o caso

O suspeito de montar um artefato explosivo, em um caminhão de combustível, próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, na manhã do último sábado (24), foi preso pelo Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na noite de ontem. De acordo com a PCDF, o homem, identificado como George Souza, empresário de 54 anos, participou de manifestação em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, em frente ao QG do Exército.

Preso em um apartamento do Setor Sudoeste, o homem teria confessado a intenção de explodir o artefato. O chefe da Polícia Civil do DF, Robson Cândido, disse que o suspeito estocou “um grande material explosivo e muitas armas”.

Na mesma ação que resultou na prisão do homem, a polícia apreendeu pelo menos duas espingardas, um fuzil, revólveres, pistolas, centenas de munições, uniformes camuflados e outras cinco emulsões explosivas.

Além disso, ainda conforme a polícia, George Souza tinha registro como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), mas o documento estava em situação irregular.

Atentado na posse de Lula

George Souza confessou que planejava um atentado para o dia da posse do presidente da República diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acontece em 1º de janeiro 2023.

Diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Robson Cândido disse que George quase cometeu "uma tragédia jamais vista na capital do país" com o “objetivo de chamar atenção para o movimento a favor do atual presidente Jair Bolsonaro".

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp