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Pesquisa aponta continuidade do preconceito no Brasil

Imagem Pesquisa aponta continuidade do preconceito no Brasil
37% dos entrevistados se negariam a aceitar um filho homossexual  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 01/06/2013, às 08h10   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O Instituto Data Popular divulgou o resultado de uma pesquisa realizada em todas as regiões do país no primeiro trimestre deste ano. 37% dos entrevistados pela empresa não aceitariam ter um filho ou filha homossexual.

Outra pergunta respondida pela amostragem concluiu que 38% das pessoas são contrárias ao fato de casais do mesmo sexo terem os mesmos direitos de “casais tradicionais”.

A perspectiva do levantamento intriga no sentido de que a pergunta feita é a negativa: 1- Concordância com a frase: "Não aceitaria ter um filho ou uma filha homossexual" e; 2- Concordância com a frase:"Sou contrário que casais do mesmo sexo tenham os mesmos direitos dos casais tradicionais".

A pesquisa poderia ser feita no sentido de identificar a agenda positiva: se o entrevista aceitaria ter um filho ou filha homossexual e se era favorável à igualdade de direito entre casais do mesmo sexo e “casais tradicionais”.

O Instituto Data Popular, uma entidade privada de consultoria, informou ter ouvido 1.264 pessoas em todas as regiões brasileiras, no primeiro trimestre de 2013.

Segundo a empresa, o objetivo era saber qual era a opinião dos entrevistados sobre assuntos relacionados a homossexualidade e ao acesso a direitos civis por casais de mesmo sexo no Brasil.

O resultado, diz o Data Popular à reportagem do G1, mostra que o preconceito contra homossexuais ainda é alto e que, também, a rejeição é maior dentre os homens.

A constatação pode ser feita com a análise do resultado: na primeira pergunta 45% dos homens não aceitariam a homossexualidade do filho. Já entre as mulheres o percentual cai para 35%.

O preconceito é maior entre os mais velhos. 46% dos entrevistado com 50 anos ou mais responderam sim à questão. Entre os jovens de 16 e 24 anos, o percentual cai para 26%.

A faixa etária em tese menos preconceituosa não é tão consciente quando o assunto é a igualdade dos direitos civis. Para 35% destes jovens entrevistado a resposta é sim para a segunda pergunta da pesquisa.

O panorama é semelhante no caso dos mais idosos. 47% das pessoas entrevistadas com 50 anos ou mais responderam que são contrários aos direitos iguais.


*Nota publicada originalmente às 14h do dia 31/05.

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