Política

Governador de Goiás associa MST ao tráfico de drogas e a escravidão durante CPI

Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, em depoimento na CPI do MST - Reprodução / TV Câmara
Ronaldo Caiado afirmou que assentamentos do MST eram utilizados pelo tráfico de drogas  |   Bnews - Divulgação Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, em depoimento na CPI do MST - Reprodução / TV Câmara

Publicado em 31/05/2023, às 18h25   Cadastrado por Lula Bonfim


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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), declarou nesta terça-feira (30) que o tráfico de drogas se apropria de assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em favor do comércio de entorpecentes. A afirmação foi feita durante um depoimento do gestor estadual goiano na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga ocupações em propriedades rurais do interior brasileiro.

“A minha Polícia circula em todos os lugares. Não tem nenhum lugar que tenha barreira para a Polícia no estado de Goiás. Zero barreira. Não existe. As pessoas que faziam tráfico de drogas se resguardavam nesses falsos assentamentos, de ocupações que eram feitas, para dali levar adiante aquilo que era o tráfico de drogas”, apontou o governador, provocando protestos de parlamentares de esquerda.

Na sequência de sua fala, Caiado foi ainda mais duro e chegou a afirmar que o MST patrocina o trabalho escravo em seus assentamentos.

“Nós não podemos admitir que essas pessoas venham dizer aqui que eles ali estão cuidando de pessoas pobres. Pelo contrário: depoimentos que tivemos aqui nesta Casa mostraram que pessoas são escravizadas nesse sistema, desses assentamentos”, disparou Caiado.

A fala do governador de Goiás provocou diversos protestos na CPI, especialmente por parte das deputadas federais Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ). Caiado, porém, manteve seu posicionamento e lembrou que o MST não possui Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, o que dificulta sua responsabilização na administrativa e judicial.

“Nós precisamos ter transparência nas nossas ações. A sociedade não admite mais demagogia, populismo. A sociedade não admite mais entidades que não se explicam perante a lei. O MST não existe. Ele não tem estatuto, não tem pessoa física que o represente, não tem CPF, não tem CNPJ. Onde é que está rotulado de movimento?”, questionou Caiado.

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