Ministério da Justiça diz que localizou cooperação suíça no caso Odebrecht; saiba detalhes

O Ministério da Justiça enviou nesta terça-feira (12) um novo ofício para o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), informando que localizou uma cooperação com a Suíça para recebimento das provas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), entre 2016 e 2017 no caso Odebrecht. As informações são da Veja.

No final de agosto, o ministério havia informado que não havia encontrado em seus sistemas qualquer dado sobre a existência de cooperação internacional oficial para trazer ao Brasil, no âmbito do acordo de laniência da Odebrecht, os sistemas que geriam o "departamento de proprinas" da empreiteira.

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As manifestações do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado ao ministério, foram apresentadas no âmbito de uma petição do STF, que tem como autor o advogado Rodrigo Tacla Durán, acusado pela Operação Lava Jato de operar contas da Odebrecht no exterior.

Inicialmente, a diretora do DRCI, Carolina Yumi de Souza, informou a Dias Toffoli que o órgão não havia encontrado dados da cooperação internacional para leniência da empreiteira em seus arquivos. A primeira busca no Sistema de Gestão (SG) e no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) usou como "filtros" o número do processo do acordo de leniência da Odebrecht na Justiça Federal do Paraná e termos como "Drousys e MyWebDay B", nomes usados para gerir propinas a autoridades e políticos.

No novo documento, divulgado nesta terça, o ministério informou que identificou em seus sistemas, através de uma nova pesquisa, um pedido de assistência em matéria penal para a obtenção da "cópia integral eletrônica dos dados relativos ao sistema DROUSYS”. Após o pedido, a solicitação do DRCI foi enviada à Suíça, em 3 de junho de 2016. O conteúdo do sistema da Odebrecht foi remetido no final de setembro de 2017 pelo país ao órgão da Justiça, que repassou as senhas do pendrive com o material à PGR em 2 de outubro daquele ano.

De acordo com a diretora do DRCI, foram necessárias pesquisas com dados mais detalhados, incluídos em uma nota pública divulgada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) em 6 de setembro, para localizar as informações.