"GUERRA FRIA": Um 'fosso' separa Bolsonaro de Tarcísio Freitas, após aprovação da Reforma Tributária

É natural que na política hajam desavenças, algumas definitivas, outras passageiras, afinal as reviravoltas são bastante usuais. Contudo, a tensão vista esta semana nos bastidores do Partido Liberal (PL), por causa das divergências de pensamento entre o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e o atual governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (PL), em relação à Reforma Tributária proposta pelo governo Lula (PT), deixou de ser um mero desentendimento para virar "um fosso".

A situação está tão complicada que tornou-se algo que, para consertar, precisará de um grande esforço do partido e das partes, afinal. o ex-chefe do poder executivo brasileiro, junto com os seus aliados, não aceitaram a posição adotada por Tarsício nos últimos dias no tocante ao apoio declarado à aprovação da proposta da Reforma Tributária. Antes, na quarta-feira (5), o governador de São Paulo havia se encontrado com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

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Esse estresse chegou ao ponto de Bolsonaro vetar a presença de Tarcísio em uma reunião fechada do PL, que aconteceu na manhã da última quinta (6). O governador só foi convidado após o ex-deputado federal, Valdemar Costa Neto, insistir para que o ex-presidente liberasse a sua participação no encontro realizado na sede do partido. Nas discussões a portas fechadas, se discutiu questões relacionadas à votação da Reforma Tributária, que foi aprovada nesta quinta-feira (6), em dois turnos, na Câmara dos Deputados.

No encontro, que durou por duas horas, o ex-chefe do executivo federal, pregou o adiamento da votação e foi acompanhado por alguns dos seus aliados, porém, o governador da capital paulista discordou do encaminhamento proposto por Jair Bolsonaro. Isso fez com que o clima de guerra entre os dois ganhasse ainda mais força, uma vez que, anteriormente, o ex-presidente já havia criticado a postura do seu ex-ministro. Além disso, algo que só piorou o clima, foi o fato de alguns apoiadores espalharem discursos de contestação contra Tarsício nas redes sociais como, por exemplo, quando o governador de São Paulo foi chamado de "novo Dória" e "traidor".