Política

"Há uma insatisfação por parte do PCdoB", diz Olívia Santana sobre decisões de Jerônimo Rodrigues

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Olívia Santana também comentou sobre a vaga no TCM em entrevista ao S7te da Matina  |   Bnews - Divulgação Reprodução / BNews TV / S7ete da Matina
Tácio Caldas

por Tácio Caldas

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Publicado em 19/01/2024, às 10h47


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Olívia Santana (PCdoB) abriu o jogo sobre os movimentos políticos feitos na federação da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT). De acordo com a parlamentar, "há uma insatisfação por parte do PCdoB". A declaração de Santana aconteceu durante entrevista ao S7ete da Matina na manhã dessa sexta-feira (19).

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A gente está fazendo os pleitos não é por birra, não é batendo o pé. Nós estamos fazendo o pleito levendo em conta regras que o próprio governo estabeleceu. Quem tem mais votos tem lugar na fila de destaque, de prestígio, que precisa ser considerado. Realmente há uma insatisfação sim por parte do PCdoB e nós estamos dialogando, de maneira respeitosa, porém firme, com a cúpula que comanda o nosso projeto", afirmou a deputada.

A parlamentar ainda completou dizendo que a legenda mantém a parceria e o respeito ao governo da Bahia, mas que é preciso ser mais flexível. "Temos total respeito à liderança do governador Jerônimo Rodrigues e entendemos que é possível, é necessário, que haja essa movimentação. É preciso acertar a mão, não dá para pesar a mão no sentido de não acenar com absolutamente nada para o PCdoB. Isso tá errado, está estranho. Nós somos uma força política que tem voto, que tem peso e que precisa contar com o respeito e a reciprocidade. É somente isso que nós queremos", reforçou a deputada durante a entrevista.

O detalhe é que Olívia Santana retirou a sua pré-candidatura à prefeitura de Salvador, após o governador Jerônimo Rodrigues ir por outro caminho. Na ocasião, o chefe do executivo baiano escolheu Geraldo Júnior (MDB) como candidato da federação. Agora, o PCdoB está pleiteado uma vaga no Tribunal de Contas do Município (TCM) e enfrenta a concorrência do Partido dos Trabalhadores (PT).

Mesmo com uma insatisfação rondando a sigla comunista, Olívia Santana negou que esteja em um nível de rompimento da parceria com a gestão do governador Jerônimo. "Eu não vou falar nesses termos. Eu não acho que é uma situação de racha, que a gente tenha que apostar nisso ou fazer chantagem, algo nessa dimensão. Política é a influência e a matemática. Na política sempre se diz: 'vocês também tem que ter voto'. E nós estamos aqui apresentando os votos", disse a deputada.

Olívia Santana ainda detalhou os números e comparou o PCdoB com a escolha do governador pelo MDB. Na ocasião, a parlamentar lembrou das regras estabelecidas, por exemplo, para a escolha do nome para a prefeitura de Salvador.

O MDB tem 12 prefeituras na Bahia, o PCdoB tem 16 prefeituras. O MDB elegeu dois vereadores em Salvador, caiu para um e este vereador já está na base do prefeito Bruno Reis (UB), e o PCdoB elegeu dois vereadores em Salvador e os dois somaram integralmente conosco e continuam somando com o governador Jerônimo. O PCdoB tem quatro deputados estaduais, portanto mais deputados do que o MDB, temos dois deputados federais. Em Salvador eu fui a deputada estadual mais votada entre todos os partidos, eu tive 56 mil votos. Nenhum candidato teve mais votos do que eu. E não digo isso em arrogância, digo isso para dizer: 'porque que essa matemática vale quando são os homens, ricos, brancos e não vale quando é uma mulher como eu?'. O PCdoB lutou até aqui, fez tudo o que pode, para que o nome em Salvador fosse o meu e, infelizmente, não houve essa pactuação", finalizou a deputada.

Assista ao S7ete da Matina dessa sexta-feira (19):

Classificação Indicativa: Livre

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