Igreja suspende missas e fecha após ameaças de bolsonaristas

Padres e fiéis da Paróquia Nossa Senhora do Desterro, na zona oeste do Rio de Janeiro, têm sofrido reataliações após terem sido procurados por um deputado da região recém-eleito e seu segurança para participarem de um ato em prol da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ao site g1 RJ, um membro da paróquia, que pediu para não ser identificado, afirmou que, no último sábado (22), eles tentaram falar com o padre, mas ele não estava no local. Então, acharam que os membros da comunidade estavam mentindo. "o segurança começou a dizer coisas como: 'É para o presidente', 'O presidente vai saber''', afirmou.

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No dia seguinte, domingo (23), uma carreata pró-Bolsonaro aconteceu nas imediações com uma arte que continha a imagem da fachada da Igreja ao fundo, o que poderia gerar uma falsa associação da paróquia com grupos políticos.

Diante do cenário, o padre João Lucas, que comanda a paróquia ao lado do padre Ricardo Gomes e do diácono Vitor Henrique, informou que a igreja não se envolveria em nenhum ato, seguindo postura neutra em questões políticas, recomendada pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. Além disso, ambos negaram o acesso da equipe do Bolsonaro ao espaço interno da igreja, que seria usado para acolher a comitiva do presidente.

Por isso, apoiadores do presidente estão ameaçando os padres residentes na paróquia e também funcionários, segundo afirmaram.