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Indefinição da base aliada deve adiar anúncio de candidato de Jerônimo em 2024; entenda

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Anúncio de candidato de Jerônimo em Salvador chegou a ser previsto para este domingo, mas decisão deve ser adiada  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Lula Bonfim

por Lula Bonfim

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Publicado em 13/10/2023, às 05h50


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Ainda não há consenso. O governador Jerônimo Rodrigues (PT) insiste em ter apenas uma candidatura de sua base aliada para as eleições de 2024 em Salvador, mas pelo menos três pré-candidaturas ainda resistem nos bastidores da política baiana: a do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) e as dos deputados estaduais Robinson Almeida (PT) e Olívia Santana (PCdoB).

A escolha do nome para representar o grupo governista na capital baiana chegou a ser prevista para o próximo domingo (15), quando seria realizada a última reunião do conselho político. Entretanto, sem avanço na negociação entre os partidos, a ideia já foi abortada pelas lideranças da base.

Quando perguntados sobre um prazo, os líderes partidários e pré-candidatos agora falam em “fim de novembro” para que uma decisão seja tomada e o escolhido seja apresentado à população.

Geraldo Júnior é citado com mais frequência nos bastidores como o favorito. O vice-governador se destaca mais que outros aliados em levantamentos contratados pelas legendas, o que o ajudou a angariar a simpatia de siglas como PSD e mesmo PSB, que ainda não retirou as pré-candidaturas da deputada federal Lídice da Mata e do vereador Sílvio Humberto, mas já admite apoiar o emedebista.

A ideia de Geraldo e de seus apoiadores é que seu nome é mais competitivo eleitoralmente e teria mais chances de criar dificuldades para a reeleição do prefeito Bruno Reis (União Brasil).

Por outro lado, a federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV, resiste na tentativa de colocar uma candidatura de esquerda. Para eles, Geraldo Júnior seria um representante da centro-direita e teria dificuldade de converter votos de eleitores petistas e esquerdistas no pleito de 2024.

Porém, dentro da própria federação, não há consenso sobre o nome a ser apresentado pelo grupo. Enquanto o PT indicou Robinson, o PCdoB apontou para mais uma candidatura de Olívia, que disputou em 2020 e amargou a quinta colocação. Sem chegar a um acordo, ambos os deputados devem seguir até o final na disputa interna do conselho político.

O PT se apega à força de sua sigla e do número “13” para defender a candidatura de Robinson, enquanto o PCdoB aposta em uma maior força social de Olívia em Salvador para emplacar a candidatura comunista na cidade. Em 2022, a deputada foi a mais votada da capital para a ALBA (Assembleia Legislativa da Bahia), com 56 mil votos, contra apenas 13 mil do colega petista.

Apesar da indecisão, o que todos os postulantes concordam é que não deve haver duas candidaturas. A unidade pedida por Jerônimo é um mantra repetido por todas as lideranças do grupo governista. O próprio PT, famoso por insistir no seu próprio protagonismo, não está disposto a forçar a barra.

Enquanto a base conversa e se bate para chegar a consensos, o governador segue esperando. A intenção de Jerônimo é não impor uma candidatura, mas sim induzir a base a chegar a um acordo.

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