Política

Influenciadores digitais incitaram e lucraram com atos do 8 de janeiro; saiba detalhes

Marcelo Camargo / Agência Brasil
Entre os influenciadores digitais, está ex-participante da primeira edição do Big Brother Brasil, Adriano Luiz Ramos de Castro  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo / Agência Brasil

Publicado em 10/07/2023, às 14h54   Cadastrado por Edvaldo Sales


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A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu relatórios que indicam que influenciadores digitais lucraram e tiveram papel importante para incentivar os ataques do 8 de janeiro, em Brasília. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. 

De acordo com os relatórios, os influenciadores "fortalecem narrativas; canalizam queixas e ressentimentos pessoais e coletivos em críticas políticas contra governos e instituições; estimulam a polarização; e incitam outras pessoas à violência".

Segundo a Folha de S. Paulo, um dos citados nos documentos é o ex-participante da primeira edição do Big Brother Brasil, Adriano Luiz Ramos de Castro, que, conforme a Abin, esteve no acampamento golpista em frente ao Comando Militar de Salvador, invadiu a sede dos Três Poderes e transmitiu ao vivo pelo YouTube.

Além do ex-BBB, o vereador de Planaltina de Goiás Genival Fagundes (PL) também transmitiu ao vivo e in loco via YouTube a invasão. Segundo a agência, o canal foi desativado por ele, mas, segundo estimativas da Abin, faturou no mínimo R$ 135 mil.

Ainda segundo a reportagem, Elaine Helena Roque retransmitiu e comentou ao vivo em seu canal no YouTube os ataques de 8 de janeiro. O vídeo, que já foi apagado, teve mais de 42 mil visualizações e recebeu dividendos pagos pelo YouTube. 

À Folha, o vereador Genival  disse que “acompanha manifestações em Brasília desde 2019 e que ‘em nenhum momento’ passou pela cabeça dele ‘que haveria aqueles atos de vandalismo”. Além disso, ele afirmou que pretende produzir um documentário com as pessoas que estão sendo processadas.

Já em outro relatório, a Abin relata que extremistas usaram o aplicativo de bate-papo Telegram para organizar os ataques ao Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso. Em um dos grupos, eles incentivaram os ataques 4 dias antes do acontecido. Um dos homens identificados participa de 119 grupos do Telegram, entre eles o de um movimento extremista inspirado na Revolução Ucraniana de 2014, que levou à queda do governo eleito após manifestações violentas.

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