Política

Isidório: "Eu sou o doido do amor"

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Reeleito deputado federal, Isidório analisou queda expressiva na votação  |   Bnews - Divulgação Foto: Paulo M. Azevedo/BNews

Publicado em 18/11/2022, às 05h00   Daniela Pereira e Vinícius Dias


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As expectativas para o deputado federal Pastor Isidorio (Avante) eram altíssimas às vésperas da eleição. Na Bahia, a expectativa de seu partido, o Avante, era de fazer pelo menos 4 deputados federais para o próximo quadriênio na Câmara dos Deputados. Apesar de reeleito, a expectativa sobre seu desempenho não se confirmou e o parlamentar, que fora o mais votado do Estado em 2018 com 323.264, passou com 77.154 em 2022.

Isidório saiu, em quatro anos, de eleito mais votado a eleito menos votado na Bahia. O recordista da vez foi Otto Filho (PSD), filho e herdeiro do nome do Senador Otto Alencar, com mais de 200 mil votos.

O deputado também não conseguiu eleger o seu filho à Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (AL-BA), missão que o próprio parlamentar considerava mais importante do que sua reeleição, já que quer ter alguém dentro da Câmara de olho em recursos para a Fundação Dr. Jesus, gerida por ele e alvo de um escândalo de denúncia de maus tratos de internos neste ano.

O próprio Isidório comentou o desempenho nas urnas e fez uma avaliação das eleições deste ano na manhã desta quinta-feira (17).

"Essa eleição foi difícil, a temática foi aborto, pedofilia, ideologia de gênero, liberação de maconha, não foi educação, saúde, emprego, renda, esporte e lazer não foi aquilo que cuida do povo habitação e eu sou pastor evangélico e não poderia caluniar, difamar as figuras do PT, aqui na Bahia temos um relacionamento bom, sério e antigo", explicou Isidório.

Ele complementou defendendo o relacionamento com o PT: "Aqui ninguém fecha igreja, nem haverá perseguição de pastor nem haverá. Quem me conhece sabe, não é à toa que ando com a bíblia na mão, porque ela pra mim é um exemplo e através dessa palavra encontrei Jesus e eu tenho obrigação de quanto vida me tiver de defender o Deus do Evangelho, não o Deus acima de todos de arminha, o Deus da paz".

Foi nesse caminho que ele se declarou o "doido do amor". Questionado se tem medo de perder o posto de doido na Câmara, ele não titubeou.

"Depende qual é a qualidade do doido, tem uns doidos do bem, e tem uns doidos que debilitam a sociedade que querem o mal querem o ódio, querem arminha. É o doido que desrespeita que desintegra a cidadania, a democracia, desrespeita os profissionais de impressa, desrespeita poderes constituídos, então eu faço parte do doido da paz, do respeito, eu sou o doido do amor".

Classificação Indicativa: Livre

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