Jerônimo cobra plano após dados negativos da segurança pública na Bahia: "É claro que nos assusta"

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) falou, nesta segunda-feira (24), como serão os próximos passos do Governo do Estado em relação aos índices negativos na área da segurança pública na Bahia apresentados por pesquisas e pelo mapa da violência no país. 

Em evento de lançamento do edital de licitação para obras de duplicação da Via Barradão, o governador afirmou que já pediu aos secretários de Segurança Pública, de Justiça e ao Comandante-geral da PM para apresentar um plano mais estratégico sobre o assunto. 

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Falei com os secretários para que me apresentassem, até semana que vem, um plano mais estratégico e específico a partir dos dados que nós recebemos das pesquisas - não só dessa, mas das outras, daqueles indicadores que são internos, porque nós estamos com um sistema de investimento alto, de inteligência alta”, disse. 

“Por isso, eu espero que na próxima semana a gente possa estar com esse plano em mãos. Eu pretendo ir à Brasília, dialogar com as demandas nossas do governo federal, e eu acho que vai ser preciso a gente intensificar, porque esses municípios que aparecem com altos indicadores, o secretário Marcelo, com o comandante Coutinho, a delegada Heloísa, o secretário de Justiça, já foram esses municípios”, pontuou o governador. 

Quatro dos cinco municípios mais violentos do Brasil são localizados na Bahia. Todos têm taxas de mortalidade cerca de três vezes maior do que a média nacional, de 23,4 mortes a cada 100 mil habitantes, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. A cidade de Jequié lidera a lista das 50 cidades mais violentas do Brasil no ano de 2022. Santo Antônio de Jesus (2º), Simões Filho (3º) e Camaçari (4º) vêm na sequência e completam o top 4 nacional. Salvador aparece em 12º lugar no ranking,

Jerônimo ainda relembrou as ações do governo estadual na cidade de Feira de Santana, que ocasionou na redução dos índices de violência na região. 

“Já fizemos operações de inteligência, por exemplo, em Feira, diversas vezes, muito mesmo antes da Micareta, possivelmente os indicadores melhoraram, uma das motivações é porque nós fizemos operações de inteligência em Feira de Santana, fizemos agora de novo no São João e tivemos baixos indicadores esse ano. Então, é claro que nos assusta, nos preocupa", disse. 

“Aqui em Salvador, em alguns bairros, a inteligência do crime também funciona. Nós percorremos, vamos atrás, eles vão mudando de localização, mas nós queremos sim enfrentar o crime organizado com muita inteligência, com muito investimento e na parceria tanto com o Governo Federal, quanto com os órgãos que trabalham justiça e direitos humanos", completou Jerônimo.