Justiça
Publicado em 26/10/2021, às 08h35 Folhapress
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso enviou nesta segunda-feira (25) para a Procuradoria-Geral da República uma notícia-crime apresentada por parlamentares do PSOL e do PDT após a live em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) associou a vacina contra a Covid-19 à Aids.
Segundo o STF, Barroso seguiu o regimento e, como de praxe, enviou a notícia-crime para a PGR, que vai analisar se o presidente deve responder por crimes supostamente praticados durante a live.
O Facebook e o Instagram derrubaram o material, neste domingo (24), alegando que era contra suas políticas. Na noite desta segunda-feira (25), o YouTube também tirou do ar a live e suspendeu por uma semana o canal de Bolsonaro.
Médicos garantem que a associação entre o imunizante contra o coronavírus e a transmissão do HIV, o vírus da Aids, é falsa, inexistente e absurda.
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A relação estabelecida por Bolsonaro gerou revolta nas comunidades médicas e científicas nos últimos dias. Em entrevista ao Folha, Carlos Lula, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), classificou a live como absurda, trágica, falsa, mentirosa e grotesca.
Como resposta, Bolsonaro distorceu uma reportagem da revista Exame e culpou a imprensa pela divulgação da fake news.
Em entrevista a uma rádio de Mato Grosso do Sul, ele argumentou que teria retirado a informação da revista Exame. No entanto, não citou o nome da publicação durante a live de quinta (21).
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