Política
Renato Pizzutto / Band
Ao longo da campanha presidencial do ano passado, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendia uma maior transparência por parte do governo federal. No entanto, esta não vem sendo a marca dos primeiros 10 anos da gestão petista.
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De acordo com dados do Painel Lei de Acesso à Informação (LAI), que compila estatísticas de respostas dadas pelo Executivo, Lula tem índices semelhantes ao de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). O governo do petista teve 7,85% dos 114.237 pedidos recebidos de janeiro até o dia 1º de novembro negados. No mesmo período de 2019, primeiro ano de Bolsonaro, 8,21% de 110.262 requisições foram negadas.
A justificativa utilizada pelos dois governos para negar a divulgação dos dados é de que se tratam de “dados pessoais”. No governo Lula, o argumento aparece em 0,95% das respostas contra 1,28% da gestão Bolsonaro.
Outro ponto em comum entre os dois governos é a não divulgação da lista de quem são os visitantes das primeiras-damas no Palácio da Alvorada. Segundo o governo Bolsonaro, as informações sobre os visitantes de Michelle Bolsonaro são de cunho pessoal. A mesma justificativa é usada pela gestão Lula para não informar quem são os visitantes de Janja da Silva.
Na relação de informações negadas pelo atual governo petista estão gastos com o helicóptero presidencial, com comida no Alvorada e o acesso dos filhos do presidente ao Palácio do Planalto.
Em um dos debates realizados durante a campanha eleitoral do ano passado, Lula havia dito que, caso fosse eleito, iria divulgar todas as informações colocadas em sigilo por Bolsonaro. “Vou pegar seu sigilo e vou botar o povo brasileiro para saber por que você esconde tanta coisa. Afinal de contas, se é bom, não precisa esconder”, afirmou o petista.
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