Política

Mauro Cid acreditava em golpe mesmo após posse de Lula, diz PF

Lula Marques / Agência Brasil
Para o militar, o golpe tinha se concretizado caso as Forças Armadas saíssem dos quarteis no dia dos atos golpistas  |   Bnews - Divulgação Lula Marques / Agência Brasil

Publicado em 27/11/2024, às 09h18   Cadastrado por Daniel Serrano



O ex-ajudante de ordens de do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, acreditava que um golpe de Estado poderia ser dado com ajuda das Forças Armadas mesmo depois de Lula ter tomado posse, em janeiro de em 2023. A informação é da coluna de Igor Gadelha, no site Metrópoles.

A crença de Cid está presente no relatório final da Polícia Federal (PF) sobre o inquérito do golpe, que teve o sigilo suspenso pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na última terça-feira (26).

“Importante destacar ainda que a expectativa entre os investigados de que um Golpe de Estado, apoiado pelos militares, ainda pudesse ocorrer perdurou já na vigência do novo governo, principalmente quando se desencadearam os atos golpistas do dia 08 de janeiro de 2023”, diz o relatório da PF.

O documento mostra ainda uma troca de mensagens entre Cid e a sua esposa, Gabriela, sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro 2023. Ela enviou ao ex-ajudante de ordens, por telefone, imagens da invasão das sedes dos Três Poderes.

Ainda segundo o relatório da PF, em resposta, Cid disse que, caso o Exército brasileiro saísse dos quarteis, seria para aderir ao golpe de Estado. “Se o EB sair dos quarteis…e para aderir”, afirmou.

No inquérito, Mauro Cid é mencionado em quatro dos seis núcleos do plano golpista. Segundo as investigações, o militar é citado nos seguintes núcleos: Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral; Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado; Núcleo Jurídico; e Núcleo de Inteligência Paralela.

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