Política

Mauro Lourena Cid usou estrutura de agência brasileira em Miami; saiba motivo

Roberto Oliveira / Alerj
General Mauro Lourena Cid apoiou as articulações golpistas de dentro da Apex em Miami  |   Bnews - Divulgação Roberto Oliveira / Alerj
Tácio Caldas

por Tácio Caldas

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Publicado em 02/04/2024, às 06h50 - Atualizado às 06h55


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O general do exército brasileiro Mauro Cesar Lourena Cid usou a estrutura do escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apax). O pai do tenente-coronel Mauro Cid, utilizou o espaço para fazer articulações golpistas e poder participar das manifestações contra a posse de Lula (PT), em 2022. Isso quer dizer que Lourena Cid esteve em um acampamento no quartel-general do Exército durante o período pós eleições no ano passado.

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Vale lembrar que o general Cid comandava a Apex por indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em vídeos obtidos pelo UOL, Mauro Lourena Cid foi flagrado ao lado de Michael Rinelli circulando por um dos acampamentos do exército. Apesar da filmagem, não é possível ouvir o teor da conversa. Rinelli era o diretor de investimentos da Apex Miami e veio ao Brasil com o general Cid. Eles desembarcaram em terras tupiniquins entre 26 de novembro e 11 de dezembro de 2022.

O detalhe é que nesse período foi exatamente o período em que, de acordo com a Polícia Federal (PF), ocorreram as discussões da suposta minuta golpista. A situação ocorreu em uma reunião entre Bolsonaro e a cúpula das Forças Armadas.

APEX

A Apex não é uma agência estatal, mas é uma pessoa jurídica auditada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) prestando contas à corte. Em 2022, inclusive, o orçamento da agência foi de R$ 1,3 bilhão.

MAURO LOURENA CID

O general é investigado no caso da venda das joias recebidas por Bolsonaro. O ato ocorreu nos Estados Unidos da América (EUA) durante da gestão do ex-presidente. De acordo a PF, Mauro Lourena Cid foi um dos responsáveis por negociar as vendas dos itens em lojas de Miami e outras cidades norte americanas. Apesar disso, o general Cid ainda não foi citado nas investigações do suposto plano de golpe de Bolsonaro.

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